Quase metade dos domicílios paraibanos não têm ligação com rede de esgoto

Pesquisa do IBGE revela avanços no abastecimento de água e coleta de lixo, mas mostra que saneamento segue desafio no estado.

A proporção dos domicílios da Paraíba que não possuem ligação com a rede geral de esgoto no ano passado era de 45,5%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (22). O percentual está abaixo da média do Nordeste (48,9%), mas acima da nacional (29,6%).

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Na Paraíba, essa proporção é formada por 23,4% que contavam com fossa séptica não ligada à rede – quando o esgoto do banheiro é direcionado a um ou mais tanques de material impermeável, sendo a parte liquida absorvida pelo próprio terreno ou lançada no terreno para ser absorvida por plantas diversas – e 21,1% por outros tipos de escoadouro, como fossa rudimentar, vala, rio, lago ou mar.

Já entre os demais 55,5% dos domicílios do estado, o esgotamento se dava por rede geral ou pluvial (48,5%) ou por fossa séptica ligada à rede (7%). Essa proporção representa um avanço em relação à registrada em 2019, quando chegou a 50,1%, e está abaixo da média nacional, que alcançou 70,4% em 2024.

Por sua vez, o uso da rede geral de distribuição como principal fonte de abastecimento de água cresceu 2,2 p.p., entre 2016 e 2024, passando de 76,3% para 78,5% dos domicílios paraibanos. Mesmo assim, a taxa estadual ficou abaixo das médias do Brasil, de 86,3%, e do Nordeste, de 80,6%.

Também foram constatadas pequenas variações em relação à utilização de outros meios, no período de 2016 a 2024. O poço artesiano como principal fonte passou de 7,9% para 7,2%, e o uso do poço raso caiu levemente de 4,1% para 3,2%, enquanto o abastecimento por fonte ou nascente aumentou de 0,7% para 0,6%.

Já o serviço de coleta direta de lixo ocorria em 79,7% dos domicílios paraibanos, em 2024, segundo a pesquisa. Embora esteja abaixo da média brasileira, de 86,9%, o percentual foi superior ao observado para o Nordeste, de 78,4%.

O levantamento indica ainda que em 15,5% dos lares paraibanos o lixo era queimado na propriedade, proporção maior do que as médias nacional (6,1%) e regional (13,1%). Além disso, em 3,7% dos domicílios a coleta dos resíduos ocorria em uma caçamba, percentual igual à média do país 6,2% e menor do que a nordestina (7,2%).

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