Preço da cesta básica de alimentos cai em João Pessoa em agosto

A Companhia Nacional de Abastecimentos (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgaram, nesta sexta-feira (5), a Análise de Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos do mês de agosto. Esta é a segunda edição do boletim que traz os dados que abrangem todo o território nacional, fruto de parceria lançada no mês passado entre as duas instituições. 

Edegar Pretto, presidente da Conab, ressalta a parceria entre as instituições que, segundo ele, é motivo de orgulho. “É uma grande notícia e a comprovação de que estamos na direção certa investindo na produção de alimentos. Esta semana a Conab lançou  incentivos aos produtores de arroz, através dos COVs, para que sigam plantando na próxima safra, e também aos produtores de feijão, no caso deles facilitando o escoamento das produção da região Sul para centros consumidores. Foram ofertadas a compra de cerca de 400 mil toneladas de arroz e 50 mil toneladas de feijão. Além do juro baixo, de 3%, do Plano Safra, que bate recorde atrás de recordes desde que teve início o atual governo. Estes números comprovam o acerto de nossa política agrícola”, destacou. 

A pesquisa apontou que o valor do conjunto dos alimentos básicos apresentou redução em 24 das 27 capitais pesquisadas. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos registrou que, entre julho e agosto 2025. Entre as cidades de Maceió, Recife, Natal, Vitória e São Luís, João Pessoa registra uma queda expressiva, de -4%. 

Principais alimentos que tiveram queda nos preços

Arroz, feijão, carne bovina, batata, tomate e açúcar compõem a lista de alimentos básicos que apresentaram maior redução em seus preços e contribuíram para que o valor do conjunto de alimentos caísse na maioria das capitais do Brasil.

O arroz agulhinha teve preço médio menor em 25 das 27 cidades pesquisadas entre julho e agosto de 2025, com destaque para as reduções em Macapá (-8,78%) e Florianópolis (-5,79%). O avanço da oferta fez com que a comercialização do grão se tornasse mais lenta, uma vez que os produtores aguardaram melhores preços, o que resultou em tendência de queda no varejo.

O feijão apresentou diminuição no preço médio em 25 das 27 cidades pesquisadas. O tipo preto, comercializado nas capitais do Sul, no Rio de Janeiro e em Vitória, registrou queda em todas essas localidades, com destaque para Rio de Janeiro (-6,99%) e Vitória (-3,61%). Já o feijão carioca, coletado nas demais capitais, teve reduções mais expressivas em São Luís (-5,22%), Belo Horizonte (-4,67%) e Porto Velho (-4,19%). Com o avanço da colheita e a normalização da oferta, os preços caíram no varejo.

A carne bovina de primeira registrou redução em 18 capitais, com percentuais variando de -3,87%, em Vitória, a -0,12%, em Florianópolis. Apesar do crescimento das exportações em agosto, mesmo diante do aumento das tarifas norte-americanas, e da redução na oferta de abate, algumas cidades apresentaram queda no varejo.

Entre julho e agosto de 2025, em 10 das 11 capitais em que o tubérculo faz parte da conjuntos de alimentos verificou-se diminuição do valor médio, com variações entre -18,35%, em Florianópolis, e -4,36%, em Curitiba. A maior oferta foi a responsável pelas reduções no varejo.

O tomate apresentou redução de preços em 25 cidades, com variações que oscilaram de -26,83%, em Brasília, a -3,13%, em Belém. A maior oferta do fruto foi o principal fator que levou à queda dos preços no varejo.

O açúcar apresentou queda de preços em 22 capitais entre julho e agosto de 2025. As reduções mais significativas ocorreram em Manaus (-5,84%) e Cuiabá (-5,19%). A baixa demanda interna foi determinante para sustentar a queda dos preços, mesmo diante da tentativa dos produtores de reter estoques.

O café em pó teve queda de preços em 24 das 27 cidades pesquisadas no período de julho a agosto. As variações mais expressivas foram registradas em Brasília (-5,50%), João Pessoa (-4,79%) e Belo Horizonte (-4,75%). Mesmo com colheita abaixo do esperado, os preços no varejo se mantiveram menores.

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