Intolerância: deputado alerta que 73% dos alunos já sofreram agressão por orientação sexual

Imagem Substituída

Os jovens LGBTQIA+ enfrentam sérios problemas dentro do ambiente escolar e muitos acabam desistindo de estudar em decorrência do preconceito sofrido. Cerca de 73% dos alunos foram agredidos verbalmente e 36% foram agredidos fisicamente dentro de escolas em decorrência da orientação sexual. Neste domingo (28), Dia do Orgulho LGBTI, o deputado federal e presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal, Pedro Cunha Lima (PSDB), defendeu a elaboração de políticas públicas educacionais que garantam respeito às diferenças dentro das escolas e fora delas.

Para marcar a data e chamar atenção para o grave problema do preconceito e da violência contra essa parcela da população, Pedro encaminhou ofício ao presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia  (DEM-RJ), solicitando que as luzes da cúpula da Casa Legislativa sejam acesas nas cores do arco-íris. Ele afirma que o ato também demonstrará o reconhecimento à pluralidade e à luta LGBTQIA+.

Os dados utilizados no início da matéria são da Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil – ‘As experiências de adolescentes e jovens LGBTQIA+ em nossos ambientes educacionais’ e revelam ainda que 58,9% do público entrevistado faltou às aulas pelo menos uma vez no mês devido a agressões por causa da orientação sexual.

“Não é possível compreender os motivos para tanta violência contra as pessoas LGBTQIA+, que em muitos casos, não têm oportunidade de vida por conta da violência e do preconceito. Não é admissível qualquer tipo de violência, mas dentro das escolas o problema nos parece bem mais grave, uma vez que esse é o espaço do aprendizado, do saber e do respeito pelas diferenças. A educação é direito de todos e a única maneira de garantirmos igualdade em todos os sentidos. O Brasil precisa parar de brigar ideologicamente e partir para o que é essencial, que é tratar seus filhos igualmente, oferecendo oportunidades e segurança. Temos que construir relações de gênero e diversidade no nosso País. Isso é questão de cidadania”, destacou Pedro.

Para melhorar os níveis educacionais e garantir mais respeito aos LGBTQIA+ nas escolas, o deputado defendeu uma mudança na formação dos professores, pois entende ser peça chave no combate de qualquer tipo de preconceito e agressão por identidade de gênero e orientação sexual. Segundo ele, é preciso uma formação com conteúdos específicos voltados para a diversidade.

Suicídio – A pesquisa constatou ainda que os estudantes LGBTQIA+ que vivenciaram maiores níveis de agressão verbal devido à orientação sexual ou identidade de gênero tem probabilidade 1,5 vezes maior de relatar níveis altos de depressão. Alguns dos depoimentos de estudantes evidenciam também níveis mais baixos de autoestima e até mesmo desejo de cometer suicídio.

Violência – O Brasil é o País que lidera o ranking onde mais se mata LGBTQIA+  no mundo e registra uma morte a cada 19 horas, em média. Na Paraíba não é diferente. Segundo um levantamento da Secretaria Estadual da Mulher e Diversidade Humana, o Estado apresentou um registro de 117 mortes entre os anos de 2011 a 2018, sendo aproximadamente 55% do total destas ocorrências aconteceu em João Pessoa. Além disso, a Paraíba ocupou, em 2018, o 5º lugar no ranking de estados que mais assassinaram esta população no Brasil, segundo relatório apresentado pelo Grupo Gay da Bahia.

Mais Posts

Tem certeza de que deseja desbloquear esta publicação?
Desbloquear esquerda : 0
Tem certeza de que deseja cancelar a assinatura?
Controle sua privacidade
Nosso site utiliza cookies para melhorar a navegação. Política de PrivacidadeTermos de Uso