O policial militar acusado de matar um jovem e um ferir outro, na noite desta quarta-feira (12), em frente a uma pizzaria localizada no bairro do Aeroclube, em João Pessoa, se apresentou à Delegacia de Homicídios na manhã desta quinta-feira (13). Ele foi liberado, em seguida, para realizar tratamento psicológico.
Em contato com a imprensa, o advogado do suspeito, Luiz Pereira, negou que o policial militar fosse vigilante do estabelecimento onde aconteceu o tiroteio. De acordo com ele, o soldado estava no local para tratar de assuntos pessoais com o irmão, que é funcionário da pizzaria.
Ainda segundo o advogado de defesa, o soldado, que tem menos de 10 anos de corporação, entendeu como atitude suspeita a chegada dos dois homens ao local – um dos jovens baleados -, em uma motocicleta. Eles, teriam em seguida, se dirigido até um carro com outras pessoas que estacionou em frente à pizzaria.
“O policial avistou os dois rapazes na motocicleta, passou a acompanhar a movimentação e entendeu que a aproximação deles ao carro se tratava de um assalto. Ele contou que deu voz, porém os homens não atenderam, até porque acredito que pensaram até que não era com eles. Foi então que policial sacou a arma e atirou”, disse o advogado.
Segundo as testemunhas do caso, o grupo promoveria uma confraternização de trabalho no estabelecimento. Os dois jovens, teriam chegado antes ao local e dirigiram-se até o carro para encontrar com o restante dos amigos que participariam da comemoração.
“Na sua fé de estar ocorrendo o crime, não se tratava de um delito, a sua ação teria sido para repelir uma agressão”, argumentou o advogado.
Entenda
Um jovem morreu e outro está em estado grave no Hospital de Trauma de João Pessoa, após terem sido confundidos como bandidos por um policial militar, em uma pizzaria, na noite desta quarta-feira (12).
Segundo informações da Policia Civil, um grupo de seis jovens iriam para uma confraternização. Dois deles chegaram primeiro de moto à pizzaria e após estacionar ficaram aguardando os outros quatro amigos.
Em seguida, um carro a serviço da UBER, chegou ao local e quando uma das vítimas foi até o carro, o segurança atirou contra o jovem e o motorista do veículo. O outro rapaz se jogou no chão e gritou dizendo que não era bandido.
Após os disparos, o suspeito fugiu do local. “O policial não quis permanecer no local para evitar que um tumulto fosse instalado e ele precisasse sacar a arma mais uma vez para se resguardar”, explicou o advogado.
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Por Redação / Portal WSCOM
Escrito por: Angelo Medeiros
