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Morreu na madrugada deste domingo, 30 de julho, um dos moradores mais conhecidos de João Pessoa. José do Carmo Azevedo, de 67 anos, era o lendário “Zé”, do Badozé, estabelecimento que não apenas tinha seu nome, mas também imprimia seu estilo, com o dono sempre por trás do balcão. Em outubro do ano passado, Zé sofreu um AVC e decidiu, pelas complicações da doença, fechar o estabelecimento, para tristeza da ala boêmia da capital paraibana. Foi aconselhado a contratar um gerente e manter a casa aberta. Recusou. Disse que se não pudesse estar no ambiente que eternizou, não faria sentido.
O comerciante era avesso à tecnologia e demorou a admitir que precisava de um computador para auxiliar no negócio. Os pedidos dos clientes eram acompanhados em uma prancheta, onde tudo ficava escrito. Era uma função que controlava de perto e fazia questão de ter na honestidade da cobrança um dos diferenciais do Badozé.
O velório de Zé está acontecendo na Central São João Batista, na avenida Epitácio Pessoa e o seu corpo será cremado nesta segunda-feira, 31, no Caminho da Paz, no Loteamento Nossa Senhora da Conceição, em Cabedelo.
O jornalista Phelipe Caldas, escritor e boêmio, narrou em crônica seu sentimento de tristeza pela morte de Zé.
Na foto abaixo, Zé e o amigo Francisco Pontes de Carvalho, o Chicão, pai de Phelipe. O professor era frequentador do Badozé e faleceu em novembro de 2012.
Parlamento PB
