Luiz Couto aponta fanatismo como causa de ataques terroristas do Estado Islâmico

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Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, Luiz Couto (PT-PB) apontou a razão para a guerra promovida por grupos extremistas como o Estado Islâmico, ao fanatismo religioso. Ele registrou um artigo do professor e doutor do curso de Sociologia da Universidade Federal da Paraíba, Luis Henrique Cunha, sobre os atentados em Paris.

Nele, o estudioso explica que Al qaeda e estado islâmico não são heróis da luta anti-imperialista, nem a expressão das lutas dos subalternos. São, ao contrário, fonte de opressão: das mulheres, dos gays, das crianças, de quem pensa diferente. A análise do professor acrescenta que a base do terrorismo do ISIS (e de outros grupos) está no fanatismo.

“A resistência à ciência, o obscurantismo, líderes religiosos que se aproveitam da ignorância do povo, nada muito diferente das condições de avanço da extrema direita no Brasil. Para esses grupos, os diferentes devem ser exterminados, curados, convertidos, enfim, nada de novo na história da humanidade (vide o fascismo). É o que move o ataque a terreiros e a gays no Brasil. Não é culpa do imperialismo que uns malucos saem destruindo terreiros e batendo (e matando) em gays e travestis aqui nos trópicos”.

Luis Henrique Cunha também afirma haver muitos motivos pelas quais as mortes em Paris chocam mais que na Palestina ou na Síria. Ou que o desastre ambiental em Minas Gerais. “Temos mais informações, nos identificamos mais, aderimos mais ao modo de vida que acreditamos ser o de Paris do que o da Síria. É uma questão de empatia. Não significa que somos indiferentes às situações de palestinos e sírios, nem que a morte do rio Doce não nos preocupe”, explica o professor.

Além disso, segundo ele, os atentados ameaçam conquistas históricas das democracias ocidentais e desde 2001 é possível que a ameaça terrorista tenha imposto muitas perdas e favorecido as vozes da extrema direita, afetando “nosso” mundo de modo muito mais duradouro e, provavelmente, como um número muito maior de vítimas.

Por fim, Luiz Couto afirmou que o mundo está perplexo com tanto ódio e religiosidade fundamentalista que além da morte espiritual traz a morte do corpo de quem não compartilha as mesmas ideias radicais. “A análise do professor Luis Henrique Cunha além de explicativa é um fator verídico que atrai as soluções, mas com lutas expressivas em favor da democracia histórica ocidental”.

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