Justiça Federal ouve Youssef, Baiano e Cerveró nesta quarta-feira

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O juiz federal Sérgio Moro vai interrogar, nesta quarta-feira (13), mais quatro réus de um dos processos da Operação Lava Jato. A ação que pauta a audiência realizada na 13ª Vara Federal de Curitiba analisa a culpa do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, do lobista Fernando Soares – conhecido como Fernando Baiano – e do empresário Júlio Camargo, em lavagem de dinheiro.

Esta será a primeira vez que Baiano vai prestar depoimento à Justiça, desde que se tornou réu. Ele foi preso em novemebro de 2014, quando a Polícia Federal deflagrou a sétima fase da Lava Jato. Contudo, este processo faz parte da oitava fase da operação, quando Cerveró foi preso.

Baiano é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o operador do PMDB no esquema de pagamento de propinas a funcionários da Petrobras. Segundo as investigações, parte dos valores entregues a funcionários do alto escalão era dividida com os partidos que os indicavam para os cargos na estatal.

Os outros três réus já foram ouvidos em outras oportunidades. Youssef e Camargo fizeram acordos de delação premiada com a Justiça. Em troca de reduções nas eventuais penas, eles têm que colaborar com as investigações, fornecendo detalhes e provas do envolvimento de outros criminosos no esquema. Se as provas que eles oferecerem não levarem a nenhum benefício real às autoridades, eles podem perder as vantagens do acordo.

Youssef foi um dos primeiros a detalhar como ocorria o esquema na Petrobras. Júlio Camargo, entre outras coisas, detalhou a existência de um cartel de empreiteiras, que combinavam preços entre si antes de participarem de licitações com a Petrobras. O sobrepreço dessas obras era usado para pagar as propinas, aponta o MPF.

Já Cerveró foi apontado por outros delatores, como Paulo Roberto Costa, como o funcionário responsável por receber dinheiro para o PMDB, partido que o indicou ao cargo, segundo as investigações. Ele nega a participação em qualquer crime. No último depoimento que prestou à Justiça, também afirmou ter sido indicado pelo então presidente Lula e pela ministra de Minas e Energia à época, Dilma Roussef.

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