Técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB), estiveram na quarta-feira (23), com autoridades do setor de Educação e Cultura de Sapé, no Agreste paraibano, para iniciar ações visando a recuperação do tamarindo, fonte de inspiração do Poeta Augusto dos Anjos, que está se deteriorando e ameaçado de cair, em virtude da infestação de pragas e doenças.
A solicitação foi formulada pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do município, e na quarta-feira, o Engenheiro Agrônomo Pedro Paulo e o diretor técnico da Emater, Vlaminck Saraiva realizaram, já haviam feita uma vistoria técnica na semana passada, interditando toda área em torno da árvore que tem mais de 200 anos de existência.
De acordo com secretário executivo de Educação e Cultura de Sapé, Werton da Silva Santos, além da ação do tempo, a árvore está sendo fortemente atacada por cupins e formigueiros diversos. Ele disse que “se providências de um tratamento adequado não forem tomadas com urgência, pé de tamarindo corre sérios riscos de desabar”, apelou o secretário.
Apesar das ameaças, o pé de Tamarindo do engenho Pau-D’arco, no município de Sapé, onde nasceu Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, continua resistindo bravamente. Sob a sombra da antiga árvore, o poeta paraibano estudou as lições e escreveu seus primeiros poemas. Mesmo tendo publicado em vida um único livro, “EU”, é um dos poetas mais conhecidos do Brasil.
Na avaliação do secretário de Educação, o Memorial Augusto dos Anjos é um importante empreendimento cultural, que tem por objetivo resgatar e preservar a memória do nosso poeta maior, e também divulgar turisticamente a cidade de Sapé, gerando emprego, renda e desenvolvimento na região.
Criado em 2006, pelo Governo da Paraíba, o Memorial Augusto dos Anjos, que é administrado pela Prefeitura Municipal de Sapé, é instalado na casa da ama de leite do poeta, Guilhermina, recebendo turistas de todo o Brasil e do mundo. O ambiente comporta uma biblioteca com um vasto acervo sobre o poeta do “EU”, uma videoteca, contendo depoimentos da vida e obra de Augusto, um auditório para conferências e cursos, com capacidade para 70 pessoas, além de uma variedade de painéis que contam a vida do poeta a partir da infância até a morte, em 1914, na cidade de Leopoldina, Minas Gerais.