Os advogados de José Dirceu e José Genoíno questionam a necessidade da transferência dos clientes para Brasília. A lei permite ao réu cumprir a pena no estabelecimento mais próximo da residência, desde que não haja risco.
O defensor do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Luis de Oliveira Lima, afirma que a viagem é uma “espetacularização” e que a apresentação dos réus na capital federal é desnecessária e irregular.
Os dois políticos se apresentaram voluntariamente à PF (Polícia Federal) depois que o Supremo Tribunal Federal expediu os mandados de prisão de 12 réus. Eles passaram a madrugada de sábado na Superintendência da PF em São Paulo e deixaram a carceragem dentro do mesmo veículo, escoltados por duas viaturas.
Essa é a primeira viagem que José Genoíno faz depois de passar por cirurgia e ficar internado por problemas cardíacos.
O advogado do ex-presidente do PT, Marco Aurélio de Carvalho, diz que a transferência dele para Brasília é arriscada.
O jato da Polícia Federal com os dois réus decolou do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, por volta das 14h30 de sábado. Dirceu foi o primeiro a subir; ele foi seguido por agentes federais e, depois, por Genoíno.
Cumprimento das penas
Dos 11 reús condenados no processo do mensalão que foram encaminhados neste sábado, dia 16, ao Complexo da Papuda, em Brasília, três vão cumprir pena em regime fechado. Além do publicitário Marcos Valério, seu ex-sócio Cristiano Paz e a ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, não poderão deixar o presídio.
Já o ex-presidente do PT, José Genoino, o ex-deputado federal Romeu Queiroz e ex-tesoureiro do extinto PL (atual PR), Jacinto Lamas, vão cumprir o regime semiaberto, onde podem sair para trabalhar, mas devem dormir e passar os final-de-semana na cadeia.
