Confrontos na Universidade do Cairo deixam ao menos seis mortos

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Confrontos entre partidários e opositores do presidente deposto do Egito registrados até antes do amanhecer desta terça-feira (23) deixaram ao menos seis mortos, informaram autoridades médicas do país.

Khaled el-Khateeb, que chefia o departamento de emergência e tratamento intensivo do Ministério da Saúde, disse que os seis morreram perto do principal campus da Universidade do Cairo, local de um acampamento de partidários de Mohammed Morsi, deposto em 3 de julho após um ano de mandato.

A deposição de Morsi, primeiro presidente eleito livremente no Egito, seguiu protestos massivos nas ruas por milhões de egípcios exigindo que o presidente islamita renunciasse. Seus partidários pedem seu restabelecimento e insistem que não participarão do processo político do governo interino apoiado pelos militares.

Os confrontos mais recentes fecharam um dia marcado pela violência em várias partes do país. Na cidade de Qalioub, no norte do Cairo, três manifestantes morreram na segunda-feira (22) em confrontos entre partidários e opositores de Morsi.

Partidários dos dois lados também lutaram perto do local do principal acampamento de partidários do líder deposto a leste do distrito de cairo e na Praça Tahrir, onde nasceu a revolta de 2011 que terminou na queda do regime autoritário de Hosni Mubarak , predescessor de Morsi.

Mais de 80 manifestantes ficaram feridos na segunda-feira, segundo informou el-Khateeb.

A família de Morsi denunciou os militares em uma coletiva concedida na segunda-feira, acusando o Exército de “sequestrá-lo”, e diplomatas europeus exigiram sua libertação após ele ter sido deixado incomunicável por quase três semanas desde sua deposição.

O destino de Morsi, que está detido sem nenhuma acusação, se tornou o foco da batalha política entre a Irmandade Muçulmana , que apoia Morsi, e o novo governo interino, apoiado pelo Exército.

A Irmandade Muçulmana vem tentando usar sua prisão para ganhar a empatia do público em seu favor, na esperança de restaurar sua popularidade. O governo interino, por sua vez, em parte usa a detenção de Morsi para pressionar seus partidários a desistirem dos protestos em massa pedindo seu restabelecimento.

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