Saúde

Médica da PB que ligou zika à microcefalia diz que existem casos não notificados

MICROCEFALIA


09/11/2016

A primeira médica a ter relacionado o vírus da zika ao nascimento de crianças com microcefalia no Nordeste brasileiro tem um medo: de que haja muito mais casos de crianças nascidas com síndrome congênita da zika que não estão sendo relatadas pelos médicos.

"Eu acho que o que temos é uma subnotificação de casos porque a maioria dos Estados está notificando só aquilo que se pode ver com uma fita métrica", avisa Adriana Melo, de Campina Grande (PB).

A síndrome congênita da zika já foi relatada em crianças nascidas com o crânio menor do que o esperado, mas também em bebês com crânio de tamanho normal. Nesses casos, o vírus atacou o sistema nervoso central infantil provocando, por exemplo, calcificações no tecido cerebral, hidrocefalia, problemas nos olhos, nos ouvidos e nas articulações e até membros com má-formação.

Desde o início do ano, a orientação do Ministério da Saúde é que sejam notificados como casos suspeitos de microcefalia meninas que nascerem com o perímetro cefálico menor que 31,5 centímetros e meninos com menos que 31,9 centímetros, além de casos com outras alterações do sistema nervoso.

Até o momento, o ministério notificou 2.079 casos de crianças nascidas com alterações no sistema nervoso central por conta do zika. A maior parte deles no Nordeste.



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