O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência nesta quarta-feira (9) no Palácio do Planalto, em Brasília, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O encontro contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e do chanceler Mauro Vieira.

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O anúncio feito por Trump ocorre em meio a uma nova escalada protecionista dos EUA, com medidas comerciais mais duras contra parceiros estratégicos. Ao justificar as tarifas, Trump mencionou críticas ao bloco do BRICS e chegou a declarar que “o Brasil não tem sido bom para nós”, prometendo novas medidas contra o país.

Alckmin reagiu à taxação classificando-a como injusta: “Eu não vejo nenhuma razão para aumento de tarifa em relação ao Brasil. O Brasil não é problema para os Estados Unidos. É uma medida que prejudica a própria economia americana.”

Apesar da tensão diplomática, o Brasil tem adotado postura cautelosa. Segundo o governo, os dados de comércio bilateral mostram superávit favorável aos EUA, o que tem sido usado como argumento nas negociações para reverter a medida.

Nos bastidores, o tom tem sido moderado, mas Lula tem adotado discurso mais incisivo em público. Recentemente, o presidente brasileiro criticou a dependência do dólar e defendeu alternativas no comércio global, especialmente nas reuniões do BRICS.

A nova tarifa anunciada por Trump surge num momento delicado das relações internacionais e pode afetar diversos setores exportadores brasileiros. O governo brasileiro estuda medidas diplomáticas e comerciais para responder à medida.