Política

‘Inconformismo’ levou PSDB a questionar eleição, diz advogado de Dilma

JULGAMENTO


06/06/2017

O advogado da ex-presidente Dilma Rousseff, Flávio Caetano, afirmou nesta terça-feira (6), durante sessão de julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer, que um “inconformismo” com a derrota levou o PSDB a apresentar a ação que questionou a eleição presidencial de 2014.

Na tribuna do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o advogado argumentou que a primeira demonstração disso foi o pedido para auditar as urnas eletrônicas usadas no pleito, que não levou à comprovação de fraudes na votação.

“Eles partem de uma premissa de inconformismo com o candidato derrotado com a sua derrota na urnas”, disse Caetano, numa referência ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), segundo colocado na disputa de segundo turno.

O advogado citou trecho de uma conversa recente gravada, na qual Aécio disse ao dono da JBS, Joesley Batista, que o PSDB apresentou a ação no TSE “para encher o saco deles também”, em referência à campanha de Dilma.

“Não vou repetir as palavras chulas do candidato derrotado”, disse Caetano.
Na sustentação oral, ele também negou que as doações feitas para a campanha de Dilma desequilibraram o pleito, argumentando que Aécio também recebeu das mesmas empreiteiras. “Não há nenhuma acusação q pare de pé e possa levar à condenação”, afirmou.
Ao final, o advogado também contestou a possibilidade, pedida pela defesa do presidente Michel Temer, de separar a conduta dele daquela atribuída a Dilma.
“Este tribunal tem posição de que não é possível separação entre cabeça de chapa e seu vice. Esse tribunal julgou a prestação de contas da chapa Dilma-Temer, até porque Temer não fez prestação de contas, porque foi prestada junto”, alegou na tribuna.
“Se Temer quisesse votar em si próprio, votaria no 13, votando em Dilma e nele”, completou ao final.



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