Futebol

Fla terá que superar estatísticas e caldeirão para seguir na Libertadores

Libertadores


01/04/2014



 O Flamengo terá que contrariar os números para seguir vivo na Libertadores. Os seus próprios e os do Emelec. O empate quarta-feira, no estádio George Capwell, é suficiente para que o Rubro-Negro leve para o confronto com o León, no Maracanã, dia 9, a decisão de seu futuro na Taça Libertadores da América. O retrospecto recente tanto de cariocas como de equatorianos, por sua vez, não é nada favorável para os brasileiros, que terão pela frente uma atmosfera de pressão e casa cheia em um palco onde os donos da casa não perdem há mais de seis meses.

Com ingressos que variam de 10 a 30 dólares (R$ 22 a R$ 66), a previsão é de que 21 mil dos 23 mil lugares disponíveis no estádio estejam lotados. E com o apoio destes fanáticos torcedores o Emelec não é derrotado desde o dia 13 de setembro de 2013, quando caiu diante do El Nacional, de Quito – mesmo rival que encerrou, no último domingo, na altitude, uma invencibilidade de 26 partidas dentro do Equador. Em 2014, o retrospecto de "El Bombillo" é ainda mais intimidante: sete vitórias em sete partidas – cinco pelo campeonato local e duas pela Libertadores -, com 17 gols marcados e quatro sofridos.

Como se não bastasse da força do rival em um estádio com condições precárias, gramado irregular e torcida bem próxima do campo, o Flamengo não tem sido empolgante longe do Rio de Janeiro pela Libertadores. Longe disso. Nas últimas dez vezes que entrou em campo fora de casa, o Rubro-Negro perdeu oito, empatou uma e venceu apenas uma: 2 a 1 sobre a Universidad de Chile, em 2010, pelas quartas de final. O triunfo com gols de Adriano e Vágner Love, por sua vez, teve sabor de derrota por não ser suficiente para evitar a eliminação.

Felipe relembra 2012 e avisa: ‘Nosso ano em jogo’

No Flamengo desde 2011, Felipe foi um dos algozes rubro-negros fora de casa: no 2 a 1 pelo Corinthians, em 2010, no Pacaembu. Mas viveu mais vezes o outro lado da moeda nas Libertadores de 2012 e 2014. Inclusive, o goleiro esteve em campo no 3 a 2 para o Emelec há dois anos e falou o que espera do retorno ao George Capwell.

– É sempre difícil, sempre complicado. O Emelec tem uma equipe boa, que tem o seu torcedor fanático em um estádio pequeno, acanhado. Em 2012, não tivemos a sorte que esperávamos para sair com a vitória. Dessa vez, temos que sair com um bom resultado. É o nosso ano em jogo.

Em sua primeira Libertadores, Lucas Mugni tem a seu favor a experiência de ter crescido em atmosferas similares a desta quarta-feira, no futebol argentino, e chamou a atenção para a força dos equatorianos diante de seu torcedor.

– É um rival muito duro. Já vimos muitas partidas, principalmente da Libertadores. O que mais nos preocupa é por ser muito forte dentro de casa.

Por outro lado, os jogadores do Emelec evitam admitir qualquer tipo de favoritismo causado pelo mando de campo. Carrasco do Flamengo em 2012 ao marcar o gol da vitória sobre o Olimpia, no Paraguai, quando os rubro-negros já celebravam uma classificação no Engenhão, o volante José Luiz Quiñonez prevê um duelo complicado.

– Quem vem (a Guayaquil), também pode jogar bem. Este grupo está muito equilibrado. Acho que teremos um bom jogo.

Com quatro pontos, o Flamengo é o último colocado do Grupo 7 da Libertadores. Caso seja derrotado quarta-feira, às 22h (de Brasília), em Guayaquil, a equipe estará fora da competição. Um empate, por sua vez, faz o Rubro-Negro depender de uma vitória simples no Maracanã, enquanto um triunfo por dois ou mais gols de diferença permite que o clube avance até mesmo com um empate diante do seu torcedor.

Confira os últimos dez jogos do Flamengo fora de casa na Libertadores:

2014

Bolívar 1 x 0
León 2 x 1

2012

Emelec 3 x 2
Olímpia 3 x 2
Lanús 1 x 1
Real Potosí 2 x 1

2010

Universidad de Chile 1 x 2
Corinthians 2 x 1
Universidad Católica 2 x 0
Universidad de Chile 2 x 1



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