Economia & Negócios

FIAT estuda compra de Pescado para funcionários, mas depende de Cabedelo

EFEITOS DA FABRICA


20/09/2013



A implantação da fábrica da FIAT em Goiana pode gerar incremento no mercado de pescado de Pernambuco e da Paraiba evitando atravessadores. Um trabalho, parceria entre a Força Sindical, Fiat pescadores, podem garantir o aumento de produção de pescados no litoral de Pernambuco e da Paraíba. Os peixes seriam fornecidos às empresas do futuro polo automotivo, que entrariam no cardápio dos trabalhadores. Para isso, e preciso recuperar um frigorífico em Cabedelo (PB).

 

Pescadores pernambucanos e paraibanos deverão fornecer pescados às empresas fornecedoras de refeições para a Fiat e suas sistemistas, quando o polo automotivo de Goiana entrar em atividade, em 2015. Segundo o assessor nacional da Força Sindical, José Lúcio Alves, mais conhecido como Mineiro, isso será possível com a ativação do centro de beneficiamento do Porto de Cabedelo, na Paraíba, que foi construído há nove anos, custou na época R$ 11 milhões, mas nunca funcionou.

Além disso, será feito um levantamento da demanda e da capacidade de produção na área entre o Litoral Norte de Pernambuco e o Sul da Paraíba. Nesta região, há 16 colônias de pescadores, sendo nove pernambucanas e sete do estado vizinho. Juntas, somam 15 mil pescadores. Mineiro informou que, na reunião coma direção da Fiat, em Minas Gerais, o projeto foi visto com simpatia.

 

Na próxima quarta-feira, os representantes da Força Sindical terão encontro com representantes da montadora, em Goiana, para acertar os detalhes, inclusive, sobre a capacitação do pessoal, que terá parceria do Programa de Responsabilidade Empresarial, Desenvolvimento e Sustentabilidade Social (Reds). A visita terá a participação do presidente da Federação dos Pescadores da Paraíba, Zélio da Silva Nascimento. Anteontem, Mineiro e o secretário-geral da central sindical em Pernambuco, Fábio Torres, estiveram no Porto de Cabedelo e conferiram o abandono do galpão, junto com o representante da cooperativa local, Samuel Cunha Monteiro. “É uma área do tamanho de um campo de futebol.

 

Tem muitos equipamentos, inclusive uma câmara frigorífica com capacidade para 50 toneladas de peixe, e está tudo abandonado”, lamentou o assessor da Força. Segundo ele, foi firmado um protocolo com o Ministério da Pesca para o Exército fazer reformas no local ao custo de R$ 2 milhões. Mineiro ressaltou que a produção pesqueira nessas áreas dos dois estados está muito aquém da capacidade, justamente por falta de um local para beneficiamento dos pescados. O resultado disso, conforme informou Zélio Nascimento, é que há muita gente parada e a renda média é de um salário mínimo. “Acredito que, com a utilização do galpão, a renda aumentará em cinco vezes”, disse mineiro.

 

 



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