Em tempos em que o orçamento e o investimento são bem limitados, o Botafogo busca meios para reforçar a equipe valorizando outros aspectos. Um deles é a identificação com o clube. Por isso, a diretoria iniciou os contatos para contratar Almir, que atualmente defende o Bangu. As conversas ainda estão em estágio inicial, mas a intenção é a de que o meia de 32 anos reforce a equipe no Campeonato Brasileiro da Série B.
Formado nas divisões de base do Botafogo, Almir tem contrato com o Bangu até 30 de junho, o que o deixa livre para negociar com outro clube logo após o fim do Campeonato Carioca. Diretoria e comissão técnica ficaram bem impressionados com a forma física e técnica do jogador no confronto entre as duas equipes, no último dia 11, no Estádio Los Larios. O presidente Carlos Eduardo Pereira, entretanto, diz que ainda é cedo para falar de reforços para a Série B.
– Não há nada. O plantel está fechado para o Carioca. Temos para estrear Luis Ricardo, Pimentinha e, se aprovado nos testes, o Thalisson. É cedo para novos nomes. O orçamento é muito apertado.
Na ocasião, também chamou a atenção o carinho com o qual Almir foi tratado pela torcida do Botafogo. O fator foi visto como mais um ponto a favor da contratação do jogador, que foi um dos destaques do time que disputou a Série B pela última vez, em 2003, ganhando sua própria música: “Almir, faz um gol aí”. O pedido foi algumas vezes atendido, e ele terminou a competição como o artilheiro do Alvinegro, com 12 gols.
Após deixar o Botafogo, em 2006, Almir rodou pelo Brasil – Ponte Preta, Atlético-MG, Figueirense, América-RN e Vila Nova – e pelo mundo, como Coreia do Sul e Kuwait. No entanto, jamais deixou de lado o carinho pelo clube que o revelou.
Sobre Almir
Natural de Santa Rita, na Grande João Pessoa, Almir Lopes de Luna começou sua carreira no Botafogo como volante em 2001. Nos seus dois primeiros anos como profissional, Almir encontrou muitas dificuldades de se encaixar no time titular do alvinegro. Chegou atuar improvisado na lateral-direita em situações emergênciais.
Porém, em 2003, Almir se redescobriu no futebol. Com o time da Estrela Solitária rebaixado para o Campeonato Brasileiro Série B, o jogador passou a ser utilizado pelo treinador Levir Culpi como atacante. Almir virou xodó da torcida botafoguense pelos seus gols e raça demonstrada nos jogou. Ganhou, inclusive, um música própria: “Almir, faz um gol aí!”.
Contudo, a disputada pela titularidade com Dill e Leandrão fez o jogador ir para o banco de reservas. Logo, a música da torcida renovou-se, sendo direcionada ao técnico da equipe: “Levir, bota o Almir!”. Ao final do campeonato em que levou o Botafogo de volta a Série A, Almir era aclamado como o artilheiro da equipe com 12 gols.
