Com sorriso e frase de garoto, Kaká avisa: “Vim brigar pelo meu lugar”

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{arquivo}Campeão do mundo em 2002, quando era tido como maior promessa do futebol brasileiro, titular absoluto da Seleção nas duas Copas seguintes, de 2006 e 2010, Kaká retorna numa condição à qual não está acostumado. Convocado para o Superclássico das Américas contra a Argentina e o amistoso diante do Japão somente depois da lesão de Ricardo Goulart, o meia do São Paulo, aos 32 anos, terá de reconquistar o lugar que conhece tão bem.

Sem conseguir tirar o sorriso do rosto desde o momento em que desembarcou no aeroporto de Pequim, e se deparou com os primeiros fãs, até a chegada ao hotel e a entrevista, Kaká deu novo peso à seleção brasileira. Assediado por torcedores e jornalistas, falou uma frase típica de garotos que estão começando, até clichê, mas que tem outro peso em sua voz:

– Venho para concorrer mesmo, para brigar por meu lugar. É claro que sempre respeitando as decisões do treinador, e com muito respeito pelos meus companheiros.

Kaká afirmou que não pretende, nesse primeiro momento, traçar metas muito longas, como a presença na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, quando terá 36 anos, mas deixou claro que não pretende sair tão cedo da seleção brasileira. Confira os principais trechos de sua entrevista na capital chinesa.

Faço planos na minha carreira de curto, médio e longo prazo. Nesse momento de transição da Seleção, penso o quanto posso contribuir no curto prazo. Pensar num prazo longo vai depender de cada passo desse período. Agora penso nesses amistosos, depois nos de novembro, ano que vem na Copa América e nas Eliminatórias. Ainda posso acrescentar muito e ajudar a Seleção.

COMO COLABORAR?

Nas partes técnica e tática, da forma que venho contribuindo no São Paulo. E fora de campo, com liderança, experiência, maturidade, o que vivi na Seleção em três Copas do Mundo.
Está ótima. Há muito tempo não tenho nenhum tipo de lesão, estou conseguindo me manter nessa maratona de jogos do Brasileiro e da Copa Sul-Americana
Kaká, sobre condição física

POPULARIDADE NA CHINA INFLUENCIOU?

Não acredito porque eu não estava convocado. Acredito que tenha sido pelo problema do Ricardo (Goulart), que abriu uma vaga e, com certeza, eles já estavam olhando e acharam que eu me encaixava. Fico feliz.

CONDIÇÃO ATUAL

Estou bem melhor, física, técnica e taticamente. Consigo ler melhor o jogo dentro do campo, tudo pela maturidade e experiência que eu não tinha antes. Espero manter essa continuidade de bons jogos no São Paulo para ter sequência na Seleção.

PARTE FÍSICA
Está ótima. Há muito tempo não tenho nenhum tipo de lesão, estou conseguindo me manter nessa maratona de jogos do Brasileiro e da Copa Sul-Americana.

COADJUVANTE?
Numa seleção a concorrência é muito grande, principalmente no Brasil, que tem jogadores surgindo a todo momento. Mas venho para concorrer mesmo, para brigar, é claro que sempre respeitando as decisões do treinador e com muito respeito pelos meus companheiros.

NOVA POSTURA EM CAMPO
Isso foi aparecendo aos poucos, conforme fui aprendendo a ler melhor o jogo, saber o momento de sair, esperar o time sair, puxar um contra-ataque mais rápido. Isso ajuda muito, de uma forma geral, a fazer com que o time funcione. Eu fiquei muito feliz por conseguir porque não é fácil com todas as emoções e fatores que há dentro de campo. É um treinamento que continuo fazendo para ter essa visão melhor no campo.

JOGAR NOS EUA PODE AFASTAR DA SELEÇÃO?

Acho que quando o jogador entra no critério da convocação, não importa onde ele está jogando. A comissão técnica tem seus critérios e, quando achar que o jogador se encaixa em sua filosofia de trabalho, ele será convocado onde estiver.

DUNGA
É uma pessoa, um treinador e foi um jogador que conhece muito bem a Seleção, esse orgulho do jogador de fazer parte da Seleção. Ele conseguiu resgatar isso quando foi treinador, o torcedor tinha prazer de ver a Seleção jogar. Acho que ele irá contribuir novamente. Foi um cara bem escolhido para esse período de transição. Ele tem excelentes números no comando da Seleção. Tirando a Copa, ganhou todas as competições que disputou.

EVITARIA O VEXAME CONTRA A ALEMANHA?
Não gosto muito de falar dessas hipóteses. Aconteceu o que tinha de acontecer, estou voltando agora, meu tempo de voltar é agora. A Seleção disputou a Copa, eu, como torcedor, fiquei triste pelo resultado final, mas se eu não estava lá é porque não tinha de estar.

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