O excelente aproveitamento nos bloqueios e ataques, além do saque venenoso, fizeram a central Thaísa ser eleita a melhor jogadora do Grand Prix, encerrado no último domingo. A atleta foi um dos pontos altos da campanha perfeita do Brasil na fase final, que culminou com o título, mas sua boa participação no torneio chegou a estar ameaçada por conta de um acidente ocorrido semanas antes.
Nos dias 11 e 12 de julho, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) promoveu dois amistosos contra a Holanda em Maceió no ginásio do Sesi, que é aberto, sofrendo assim influência do vento e da maresia. Ainda durante o aquecimento em um dos duelos, a quadra em condições diferentes acabou provocando um escorregão de Thaísa, reabrindo uma lesão antiga na coxa.
Sem conseguir treinar direito devido às fortes dores, a atleta diz ter começado a se sentir mal. O auge da crise foi o desempenho que ela considerou abaixo do esperado na vitória contra Cuba, pela última semana da fase classificatória:
– Depois desse jogo, comecei a chorar no vestiário e as meninas vieram me abraçar, dizer “calma, você não desaprendeu a jogar vôlei”. Fizeram brincadeiras, me fizeram sorrir… Foi ótimo para mim, não tem coisa melhor do que ter gente te colocando para cima.
Pouco a pouco a lesão também foi melhorando. Thaísa ainda atuou nas partidas decisivas com um pouco de dor, mas nada que prejudicasse o seu desempenho. Mesmo assim, ela acredita que poderia ter ido além:
– Foi muito melhor do que estava fazendo antes, mas ainda acho que tenho muito que melhorar. Acho que posso evoluir a entrada de braço no bloqueio, por exemplo, e não perder a paciência. Tem muitos momentos que eu fico irritada e aí cometo um erro. Acho que já sou madura o suficiente para não deixar a raiva me atrapalhar.
Do Brasil, namorado aguentou “grosserias”
Além das companheiras de seleção, quem ajudou Thaísa a superar a fase difícil foi o novo namorado da atleta, o ator Rodrigo Menezes. Sincera, ela confessa que acabou sendo um pouco grossa com ele em certos momentos, mas acredita que todos os problemas ajudaram a relação a se fortalecer:
– Já passamos pela prova de fogo: eu fiquei 40 dias fora do Brasil logo no comecinho do namoro, então foi a prova que ele quer mesmo ficar comigo. Na fase final ele também foi incrível. Eu fico chata… (risos) Imagina a pessoa com dor, com pressão, tendo que fazer um jogo atrás do outro… acaba descontando em quem está mais perto. E ele foi incrivelmente paciente comigo, não brigou e não achou ruim às vezes eu ser meio grosseira.
Thaísa e as demais jogadoras da seleção brasileira já se reapresentam ao time nacional na sexta (6) para o início dos treinos visando o Campeonato Sul-Americano.