O senador Efraim Filho (União Brasil) criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em temas que considera de competência exclusiva do Congresso Nacional, defendeu a anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 em casos de “excesso de pena” e afirmou que a oposição ao governador João Azevêdo (PSB) definirá até outubro deste ano seu candidato ao governo da Paraíba em 2026.

Em entrevista à CBN João Pessoa nesta quinta-feira (27), Efraim criticou o Judiciário por, segundo ele, interferir em atribuições do Legislativo. “O entendimento entre os Poderes é uma grande conquista. Resgata o equilíbrio entre eles. A gente vê hoje um Judiciário que se intromete nas competências dos outros Poderes. O próprio Legislativo tem reclamado muito dessa relação, e não é só na questão orçamentária”, declarou.

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Sobre o projeto de anistia a condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, Efraim afirmou que a solução deve ser “de bom senso”. “Ninguém tem defendido uma anistia ampla, absoluta e irrestrita porque as pessoas que realmente cometeram depredação de patrimônio público e atos de violência têm que ser punidas. Agora, também se identifica um excesso de penas em muitos casos que não mereciam o rigor da lei”, afirmou.

Questionado sobre a candidatura da oposição ao governo da Paraíba em 2026, Efraim destacou a unidade do grupo e disse que o nome será definido até outubro deste ano. “A oposição tem eu, Pedro [Cunha Lima] e Romero [Rodrigues] com um discurso único: o melhor nome será o candidato das oposições. Se o melhor nome for o de Pedro, ele terá o meu apoio. Se for o de Romero, ele terá o meu apoio. E se for o meu, terei o apoio dos dois”, disse.

O senador afirmou que a definição antecipada evitará os erros da última eleição. “Em 2022, Pedro acabou saindo como candidato de última hora num cenário de largada desacreditado. Só durante a campanha conseguiu engrenar para quase vencer as eleições, com 47% dos votos para governador”, finalizou.