As regiões periféricas da capital paraibana vêm crescendo no mercado imobiliário. Bairros como Parque do Sol, Valentina, Gramame, Cuiá e Colinas do Sul vêm atraindo compradores principalmente pelo crescimento do turismo em João Pessoa, explica o corretor de imóveis, Thales Jones.
“João Pessoa hoje é uma das três capitais mais visitadas do Brasil. Tem muita gente de fora vindo morar aqui, e também moradores do interior comprando imóveis para investir ou viver”, relata.
De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (CRECI-PB), o preço médio de venda de imóveis residenciais em João Pessoa subiu 22,3% entre 2021 e 2023. Já o índice FipeZAP aponta que em 2024 a capital registrou alta de 15,54% no valor médio dos imóveis, ficando entre as três cidades brasileiras com maior valorização.
Segundo o corretor, profissionais do setor já observam uma valorização acelerada das regiões periféricas na capital. Ele destaca que o bairro Valentina deixou de ser um único território e passou a englobar sub-regiões como Cuiá, Paratibe e Planalto da Boa Esperança, concentrando grande parte das vendas de imóveis na cidade.
A procura vem crescendo tanto que, em algumas áreas, já não é possível encontrar apartamentos com entrada zero no bairro Valentina, mais especificamente no Cuiá, por exemplo. Algo comum em outras partes da cidade. “Mas ainda existem oportunidades com entrada facilitada, parcelada no boleto ou no cartão, o que ajuda famílias a saírem do aluguel”, afirma.
Para Thales, o impacto econômico é positivo. “A importância das periferias no crescimento do mercado imobiliário de João Pessoa é fundamental. Hoje, acredito que, se não a metade, a maioria da fatia do mercado imobiliário está toda na zona sul. Todo dia acontecem vendas, construções, clientes indo para atendimento, assinando contrato”, descreve.
No entanto, ele reconhece que há desafios. “A cidade precisa se preparar. Existem carências em saneamento, trânsito e mobilidade que precisam ser resolvidas para comportar esse crescimento”, disse.