Julho deste ano foi o sexto mês consecutivo em que o setor de serviços registrou alta neste ano. Com o avanço de 0,3%, esse é o ponto mais alto da série histórica do setor. As informações pertencem à Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O setor também soma crescimento de 2,6% no acumulado do ano. Já no recorte de 12 meses, a expansão chega a 2,9%, ritmo ligeiramente menor do que o registrado em junho (3,0%).
Desempenho por setor
A principal contribuição positiva veio das atividades de informação e comunicação, que avançaram 1,0% no mês, impulsionadas por serviços de telecomunicações (+0,7%) e tecnologia da informação (+1,2%). “Os dois segmentos apresentaram comportamento positivo em julho. Dentro do setor de TI, as empresas ligadas a portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet tiveram papel de destaque”, explicou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.
Outros setores também mostraram resultado positivo: profissionais, administrativos e complementares (+0,4%) e serviços prestados às famílias (+0,3%). Em contrapartida, o setor de transportes apresentou retração de 0,6%, influenciado pelo recuo no transporte dutoviário e no aéreo de passageiros. “A queda do transporte aéreo em julho, de -4,0%, está ligada tanto ao aumento dos preços das passagens quanto à base de comparação elevada dos meses anteriores, após cinco altas consecutivas que somaram ganho de 22,1%”, acrescentou Lobo.
Desempenho regional
O crescimento foi acompanhado por 12 das 27 unidades da federação, com destaque para São Paulo (1,7%), Paraná (1,7%), Mato Grosso do Sul (5,7%), Santa Catarina (0,9%) e Rondônia (10,9%).
No acumulado de janeiro a julho, a expansão do volume de serviços atingiu 2,6% frente ao mesmo período de 2024. O setor de informação e comunicação foi o que mais contribuiu para o resultado, com alta de 6,0%.
Turismo em queda
O índice de atividades turísticas registrou recuo de 0,7% em julho, o terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 2,3% no período. Ainda assim, o segmento se mantém 10,3% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia).
Segundo o IBGE, a retração está diretamente ligada à queda no transporte aéreo. O Rio de Janeiro liderou os impactos negativos (-2,5%), seguido por Bahia (-2,1%) e Amazonas (-5,9%). Em contrapartida, São Paulo (0,6%), Paraná (2,0%) e Minas Gerais (1,1%) tiveram desempenho positivo.
Na comparação anual, julho de 2025 registrou alta de 3,3% frente ao mesmo mês de 2024, o 14º resultado positivo seguido para o setor.
Transporte de passageiros e cargas
O transporte de passageiros caiu 2,1% em julho, interrompendo cinco meses de alta que haviam acumulado 13,9%. Ainda assim, o segmento está 9,6% acima do nível de fevereiro de 2020, mas permanece 15,7% abaixo do pico de 2014.
Já o transporte de cargas cresceu 1,0% no mês, segunda alta consecutiva, embora ainda esteja 4,8% abaixo do ponto máximo da série, registrado em julho de 2023. Em relação ao período pré-pandemia, o setor se mantém 37,5% acima de fevereiro de 2020.
Sobre a pesquisa
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) acompanha o desempenho conjuntural do setor no Brasil, considerando empresas com 20 ou mais funcionários e atuação em serviços não financeiros. A próxima divulgação, referente a agosto, será publicada em 14 de outubro.
Fonte: Brasil 247