Cesta básica sobe em João Pessoa e mais 11 capitais; Recife lidera alta no Nordeste

Cesta básica

O custo da cesta básica de alimentos aumentou em João Pessoa e em outras 11 capitais brasileiras no mês de julho, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada pelo Dieese e pela Conab. Na capital paraibana, o valor da cesta passou a custar R$ 648,00, representando alta de 1,86% em relação a junho.

João Pessoa entre as maiores altas do Nordeste

Com esse resultado, João Pessoa figurou entre as cidades nordestinas com maiores elevações, ficando atrás apenas de Recife (2,80%), Maceió (2,09%) e Aracaju (2,02%). No comparativo anual, entre julho de 2024 e julho de 2025, os alimentos na capital paraibana ficaram 13,21% mais caros, uma das maiores variações da região.

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Mesmo com a alta, João Pessoa registrou a 7ª cesta básica mais barata entre as 27 capitais pesquisadas, atrás de cidades como Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).

Panorama nacional

No geral, o valor da cesta diminuiu em 15 capitais e aumentou em 12. As quedas mais expressivas foram registradas em Florianópolis (-2,64%), Curitiba (-2,40%), Rio de Janeiro (-2,33%) e Campo Grande (-2,18%). Já as maiores altas ocorreram no Nordeste, com destaque para Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Salvador (1,80%), Natal (1,44%) e São Luís (1,40%).

São Paulo foi a capital com a cesta mais cara (R$ 865,90), seguida por Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48).

Peso no orçamento

Segundo o Dieese, um trabalhador que recebe salário mínimo em João Pessoa precisou destinar 46,15% da renda líquida para adquirir a cesta em julho, o equivalente a 93 horas e 55 minutos de trabalho.

Em âmbito nacional, a pesquisa apontou que, nas 27 capitais, o trabalhador remunerado pelo piso comprometeu em média 50,94% da renda líquida para a compra dos alimentos básicos.

Produtos

O levantamento destacou que:

  • Arroz: caiu em quase todas as capitais, exceto no Recife (0,65%).
  • Feijão: reduziu em 24 capitais, com altas apenas em Porto Velho (0,68%), Maceió (0,48%) e São Luís (0,33%).
  • Café em pó: apresentou quedas em 21 cidades, mas subiu em Macapá (7%), Cuiabá (1,3%) e Boa Vista (1,1%).
  • Carne bovina de primeira: variou entre altas em 11 capitais, com destaque para Salvador (1,8%), e quedas em 16, sendo Belém (-2,91%) a maior.
  • Açúcar cristal: caiu em 22 das 27 cidades; em João Pessoa, a redução em 12 meses foi de -10,63%.

Salário mínimo necessário

Com base no custo da cesta mais cara, que foi a de São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal em julho deveria ter sido de R$ 7.274,43, ou 4,79 vezes o valor do piso em vigor, de R$ 1.518,00.

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