Após um ano favorável, em que o mercado de ações não se afetou pelo aumento da inflação e das consequências negativas da pandemia Covid-19, o ano de 2022 começou com uma descida na bolsa.
Investir em 2022
Para além de ser início de ano – e ser difícil identificar tendências no seu primeiro mês – muitos investidores estão sem saber o que fazer, pois já se percebeu que as variantes da Covid vieram para ficar, sendo que não sabemos quais variantes que evoluirão em seguida da Omicron.
Para minimizar as incertezas, os investidores mais experientes têm seguido uma estratégia de price action, que passa acompanhar as tendências de mercado através de “imitar” os movimentos de outros investidores.
Embora o ano tenha começado no vermelho, muitos investidores são capazes de lucrar pois estudam e analisam o mercado de forma a identificar todas as oportunidades possíveis.
O que esperar do mercado
Muitos especialistas dizem que a descida do início de ano é a primeira de uma série de altos e baixos, já que antecipam um ano com movimentos da economia dos EUA, influenciado a inflação e taxas de juros, acompanhados de uma pandemia que teima em não passar.
O principal motivo para o declínio de janeiro é a liberação da ata da reunião dos da Reserva Federal dos EUA de dezembro, que mostrou um desconforto crescente sobre a inflação e iniciou a discussão sobre a aceleração do ritmo de aumento das taxas de juros.
Dado a sensibilidade dos mercados, qualquer decisão do Governo Americano em relação às taxas de juro terá uma influência enorme sobre ele, levando a enormes descidas ou subidas e um descontrole temporário da volatilidade.
Consequências da pandemia
Todos sabem a influência do dólar e dos EUA no mercado e como resposta à pandemia do Coronavírus, o Governo dos EUA teve necessidade de se financiar, influenciando negativamente a cotação do dólar.
O que aconteceu foi que eles tiveram de gerar biliões de dólares a partir do nada, sendo necessário para doações, subsídios e reforço dos cuidados de saúde, enquanto a pandemia fornecia a garantia de que as taxas de juros não subiriam.
Agora, a Omicron leva a crer que haja um retorno à ordem regular e os mercados começam a reagir e agora os investidores terão que enfrentar a maior inflação em uma geração, uma dívida fiscal recorde e governos sem meios para enfrentar as consequências.
Enquanto isto, muitos acreditam que os mercados estão saturados e sobrevalorizados, limitando opções prudentes de investimento e aumentando o risco em qualquer decisão de investimento que seja tomado.
Em alternativa, alguns apontam mercados emergentes mas pouco reconhecidos, como a Índia ou mesmo a América Latina,como uma boa alternativa aos mercados considerados saturados.
Conclusões
O ano de 2022 começou com uma quebra nos mercados, algo inesperado para alguns investidores, mas esperado por outros, dado o contexto econômico global seguido pela pandemia.
A forma como os investidores encontraram para ultrapassar a volatilidade do mercado é seguir uma estratégia de price action, onde acabam por agir em grupo seguindo os movimentos uns dos outros criando um efeito de movimento em massa nos mercados.
O mundo começa a recuperar das decisões dos Governos e o dinheiro “inventado” para responder à pandemia do Covid-19, o que leva a um aumento da inflação e dívidas fiscais nunca antes vistas sem que haja um plano concreto para responder a estas consequências.
A maior parte dos investidores acredita que os mercados estão saturados e sobrevalorizados, o que leva a um acréscimo do risco e uma ainda maior volatilidade no mercado.
Com este contexto, os investidores estão a apostar em mercados diferentes e pouco conhecidos como a Índia ou a América Latina em busca de um ano com menor risco e volatilidade do que aquele que se prevê em mercados tradicionais.
A expectativa é grande para ver como o resto do ano se vai desenrolar correr, mas dado os as análises e opiniões dos investidores podemos esperar um ano volátil, mas acompanhadas com oportunidades de risco elevado.