BRASIL 247 – Tang Renjian, ex-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, foi condenado à pena de morte por corrupção, segundo informou a agência estatal Xinhua. O julgamento ocorreu no domingo (28), no Tribunal Intermediário do Povo de Changchun, na província de Jilin.
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De acordo com a Xinhua, Tang recebeu mais de 268 milhões de yuans em subornos — o equivalente a cerca de 37,6 milhões de dólares — em dinheiro e propriedades, durante diferentes funções que exerceu entre 2007 e 2024. Apesar da gravidade da condenação, o tribunal suspendeu a execução por dois anos, destacando que ele havia confessado seus crimes.
Expulsão do partido e investigação relâmpago
O Partido Comunista da China expulsou Tang em novembro de 2024, seis meses após o início das investigações conduzidas pelo órgão anticorrupção. O processo foi notavelmente rápido, lembrando casos semelhantes que resultaram na queda do ministro da Defesa, Li Shangfu, e de seu antecessor, Wei Fenghe.
Tang ocupou cargos de destaque ao longo de sua carreira política. Entre 2017 e 2020, foi governador da província de Gansu, no oeste da China, antes de ser nomeado ministro da Agricultura e Assuntos Rurais.
Endurecimento da campanha anticorrupção
Desde 2020, o presidente Xi Jinping vem ampliando sua campanha de combate à corrupção, com o objetivo de afastar e punir membros do aparato estatal considerados desleais. Na época, Xi declarou que polícia, promotores e juízes deveriam ser “absolutamente leais, absolutamente puros e absolutamente confiáveis”.
Em janeiro deste ano, Xi Jinping reforçou publicamente sua posição, afirmando que a corrupção continua sendo a maior ameaça ao Partido Comunista da China e que seu crescimento precisa ser contido com medidas exemplares.
O caso de Tang Renjian reforça a mensagem do governo central de que não haverá tolerância para práticas ilícitas entre altos funcionários do partido e do Estado, em um movimento que também busca consolidar o poder de Xi em meio a desafios internos e externos.