Quaest: 64% apoiam Lula na defesa da soberania do Brasil diante dos EUA

Brasileiros aprovam postura de Lula em relação às tarifas e ataques do Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

Lula e Donald Trump

BRASIL 247 – Uma nova pesquisa do Instituto Quaest, divulgada nesta quarta-feira (17) pelo g1, revelou que a maior parte da população apoia a estratégia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de defender a soberania do Brasil frente aos Estados Unidos. O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas entre 12 e 14 de setembro e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Segundo os dados, 64% dos entrevistados acreditam que Lula está correto ao adotar essa postura, enquanto 26% consideram que o governo erra nesse posicionamento e 10% não souberam ou não quiseram responder. O apoio é mais expressivo entre pessoas de esquerda não identificadas como lulistas (91%), entre lulistas (88%) e entre quem não tem posicionamento político definido (71%). Já a rejeição é maior entre bolsonaristas (54%) e eleitores de direita não bolsonaristas (50%).

Críticas a Donald Trump e impactos econômicos

A pesquisa mostra ainda que 73% dos brasileiros desaprovam a decisão de Donald Trump de impor tarifas contra o Brasil, enquanto apenas 20% apoiam a medida. Para 74% dos entrevistados, as tarifas terão efeito negativo na vida da população, contra 23% que não enxergam prejuízos.

O levantamento também aponta que 49% da população consideram que Lula e o PT são os que mais acertam no embate com Washington. Em contrapartida, 27% dizem que Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados estão corretos, enquanto 15% não veem acerto em nenhum dos lados.

Avaliação do governo Lula

A Quaest indica que a avaliação do governo Lula se manteve estável em relação ao mês anterior: 46% de aprovação e 51% de desaprovação. É o segundo mês seguido em que o petista registra seu melhor índice de aprovação no ano, após uma sequência de desgaste iniciada em maio, quando a diferença entre aprovação e desaprovação chegou a 17 pontos.

Entre os evangélicos, a desaprovação segue predominante (61%), embora a diferença tenha caído para 26 pontos, a menor de 2025. Já entre católicos e pessoas com mais de 60 anos, há empate técnico. O mesmo ocorre no grupo com renda familiar de dois a cinco salários mínimos, onde antes predominava a desaprovação.

Percepção sobre condenação de Bolsonaro

A pesquisa também abordou a percepção da sociedade em relação às condenações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para 49% dos brasileiros, a pena de 27 anos de prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na trama golpista é exagerada. Outros 35% consideram a punição adequada e 12% acham insuficiente.

Sobre a inelegibilidade, 47% a classificaram como adequada, enquanto 35% consideram a decisão excessiva. Já em relação à prisão domiciliar em outro processo, envolvendo o ex-deputado Eduardo Bolsonaro, 51% dos entrevistados concordaram com a medida. O uso de tornozeleira eletrônica também recebeu aprovação de 48% dos consultados.

A maior parte dos entrevistados (55%) acredita que houve tentativa de golpe de Estado em 2022, e 54% avaliam que Jair Bolsonaro participou ativamente do plano.

Debate sobre anistia

Outro tema investigado pela Quaest foi a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos golpistas. O levantamento mostrou que 41% dos brasileiros são contrários à medida, enquanto 36% apoiam uma anistia ampla, incluindo o ex-presidente. Já 10% defendem a anistia apenas para quem participou dos atos de 8 de janeiro.

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