Primeiro dia: saiba como foi julgamento de Bolsonaro no STF nesta 3ª feira

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, às 17h55 desta terça-feira (2), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de participação no núcleo 1 da trama golpista investigada após os atos de 8 de janeiro de 2023.

Bolsonaro e mais sete são acusados de tentativa de golpe de Estado - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Bolsonaro e mais sete são acusados de tentativa de golpe de Estado - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, às 17h55 desta terça-feira (2), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de participação no núcleo 1 da trama golpista investigada após os atos de 8 de janeiro de 2023. A sessão será retomada nesta quarta-feira (3), a partir das 9h, com as sustentações orais das defesas de Bolsonaro, do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e do general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa presidencial de 2022.

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Quem são os réus

Além de Bolsonaro, respondem a julgamento:

  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin e atual deputado federal;

  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;

  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;

  • Augusto Heleno – ex-ministro do GSI;

  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;

  • Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice em 2022;

  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência.

O que aconteceu no primeiro dia

Na abertura do julgamento, o relator Alexandre de Moraes apresentou o relatório do processo, que resume todas as fases da investigação e das alegações finais. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação de Bolsonaro e dos demais acusados.

Foram reservadas oito sessões para o julgamento, nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. A votação que decidirá pela condenação ou absolvição só deve ocorrer nas próximas etapas. Caso condenados, os réus podem pegar mais de 30 anos de prisão.

Sustentações da defesa

Durante a tarde, os ministros ouviram as sustentações dos advogados de parte dos acusados:

  • Mauro Cid: a defesa defendeu a validade do acordo de delação premiada e negou qualquer coação do ministro Alexandre de Moraes ou da Polícia Federal para que o militar colaborasse.

  • Alexandre Ramagem: segundo seu advogado, o então diretor da Abin não determinou monitoramentos ilegais de ministros do STF ou de adversários políticos. “Ramagem apenas compilava pensamentos do presidente da República”, disse Paulo Renato Cintra.

  • Almir Garnier: os advogados negaram que o ex-comandante da Marinha tenha colocado tropas à disposição de uma tentativa de golpe de Estado.

  • Anderson Torres: sua defesa minimizou a “minuta do golpe” encontrada em sua casa pela Polícia Federal, classificando o documento como uma “minuta do Google”, sem valor jurídico ou efetiva circulação.

Os crimes em análise

Os réus do núcleo 1 respondem por:

  • organização criminosa armada;

  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

  • golpe de Estado;

  • dano qualificado por violência e grave ameaça;

  • deterioração de patrimônio tombado.

No caso de Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal, parte das acusações foi suspensa em razão da imunidade parlamentar prevista na Constituição. Ele responde apenas a três dos cinco crimes.

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