O influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, conhecido como Euro, serão transferidos de São Paulo para João Pessoa na tarde desta quinta-feira (28). A informação foi confirmada pela Polícia Civil da Paraíba, que acompanha todo o procedimento de remoção do casal.
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De acordo com a polícia, os dois deixarão o CDP 1 de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, e embarcarão no Aeroporto de Guarulhos rumo à Paraíba. A chegada está prevista para 17h, no Aeroporto Castro Pinto, na Grande João Pessoa. A viagem será feita em voo comercial, com escolta policial reforçada.
O destino do casal será a Penitenciária Desembargador Flóscolo da Nóbrega, o Presídio do Roger, na capital paraibana, unidade padrão para presos provisórios. Antes, eles passarão por exame de corpo de delito no Instituto de Polícia Científica.
A Vara de Execuções Penais de São Paulo autorizou a transferência após decisão da Justiça da Paraíba, responsável pelo mandado de prisão preventiva. O estado da Paraíba custeou as passagens, e uma equipe policial viajou durante a madrugada para buscar os detidos.
Segundo a Polícia Civil, o embarque de Hytalo e Euro será feito de forma prioritária, enquanto o desembarque ocorrerá por último. A Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba ficará responsável por definir o pavilhão e o regime de permanência do casal, incluindo se eles permanecerão juntos na mesma cela.
Hytalo Santos e Euro são investigados por exploração sexual de menores, trabalho infantil e tráfico humano em conteúdos produzidos para redes sociais. A denúncia, que ganhou repercussão após o relato do influenciador Felca, motivou a Justiça a decretar a prisão preventiva, diante da suspeita de que o casal pretendia fugir do país.
Os dois foram presos no dia 15 de agosto, em Carapicuíba (SP), e levados dias depois ao CDP de Pinheiros. Desde então, só tiveram contato com seus advogados. A Justiça já suspendeu as contas deles e dos menores envolvidos nas redes sociais.
A defesa nega as acusações e tenta, sem sucesso até agora, a liberdade provisória ou a transferência para outra unidade prisional. Pedidos nesse sentido já foram rejeitados pela Justiça da Paraíba, de São Paulo e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).