A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (25), um mandado de busca e apreensão em Campina Grande dentro da Operação Cópia Viva, que tem como alvo um esquema de fraudes envolvendo benefícios previdenciários e movimentações bancárias. A ordem judicial foi expedida pela 14ª Vara Federal do Juízo de Garantias da Seção Judiciária da cidade.
Segundo as investigações, o grupo criminoso utilizava “laranjas” munidos de documentos falsos para realizar o cadastramento biométrico junto à Caixa Econômica Federal, se passando por correntistas legítimos. Dessa forma, conseguiam efetuar saques ilícitos em contas bancárias. O mesmo recurso era usado para solicitar o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no INSS e até para autenticar documentos e emitir certidões em cartórios da cidade, o que dava maior credibilidade ao esquema.
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Os suspeitos poderão responder por estelionato, associação criminosa, falsa identidade, falsificação de documentos públicos e falsidade ideológica. Somadas, as penas previstas para esses crimes ultrapassam dez anos de prisão, sem contar outros delitos que podem ser descobertos a partir da análise do material apreendido.
De acordo com a investigação, a atuação dos criminosos era sofisticada e envolvia a criação de identidades fictícias baseadas em dados de pessoas reais. Essa prática, que inspirou o nome da operação, foi classificada como uma “cópia viva”, porque permitia que os falsários burlassem sistemas de segurança biométrica e se passassem por titulares legítimos diante das instituições financeiras e previdenciárias.
A Operação Cópia Viva integra uma série de ações da Polícia Federal voltadas a combater fraudes que atingem diretamente a Previdência Social e bancos públicos. Para os investigadores, o impacto desse tipo de crime vai além do prejuízo financeiro: enfraquece políticas sociais como o BPC, destinado a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.