A Câmara Municipal de João Pessoa instalou nesta terça-feira (9) a CPI dos Combustíveis, comissão que terá prazo de 120 dias para investigar denúncias de variação irregular de preços e supostas práticas de cartel nos postos da capital e da Região Metropolitana. O presidente da Casa, Dinho Dowsley (PSD), designou o vereador Raoni Mendes (DC) como presidente do colegiado e Tarcísio Jardim (PP) como relator.
Além deles, compõem a CPI os vereadores Mikika Leitão (Republicanos), Fábio Carneiro (Solidariedade), Jailma Carvalho (PSB), Fábio Lopes (PL) e Guguinha Moov Jampa (PSD), o autor do requerimento que resultou na criação da comissão.
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A escolha de Raoni Mendes para a presidência foi alvo de críticas. O próprio Guguinha lembrou que o colega já havia declarado não acreditar na existência de cartel em João Pessoa. “Tanto na rede social como aqui dentro ele disse que não existia cartel. Então, a escolha dele compromete a CPI”, afirmou. Dinho rebateu dizendo que a definição seguiu o regimento e que “qualquer vereador insatisfeito pode recorrer”.
O vereador Milanez Neto (MDB) também acusou Dinho de atropelar a regra interna ao indicar presidente e relator. “Aqui não existe ditadura. Essa Casa não é monarquia. São os membros que escolhem, não o presidente”, criticou. “Quem escolhe é o presidente sim. A Casa foi imparcial na escolha de todos os membros”, respondeu Dinho.
Dias após propor a investigação, Guguinha Moov Jampa teve o carro alvejado e pediu afastamento das atividades legislativas por 20 dias para tratamento psicológico.