O julgamento dos réus do chamado “núcleo crucial” do caso que apura se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados planejaram e atentaram contra a democracia nacional será retomado na próxima terça-feira (9). O julgamento deverá ser concluído até a segunda sexta-feira de setembro (12).
Após a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, a sustentação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e as falas das defesas, agora é a vez dos ministros votarem. Moraes será o primeiro, seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A decisão será por maioria simples.
Se houver condenação, as prisões não serão imediatas, já que ainda cabem recursos. Só após a análise definitiva é que os réus poderão cumprir pena em alas especiais ou em dependências das Forças Armadas.
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Nos dois primeiros dias, a PGR argumentou que o golpe já estava em curso em reuniões ministeriais no governo Bolsonaro. Moraes afirmou que o país resistiu à tentativa de ruptura, defendendo o devido processo legal.
As defesas, por sua vez, contestaram provas, questionaram a delação de Mauro Cid e alegaram ausência de participação de seus clientes. Bolsonaro, por meio de seu advogado, disse não ter tido acesso integral ao processo.