Festival Alumiô 2025 supera expectativas, movimenta R$ 500 mil e se consolida como agente de fortalecimento da economia e cultura do Centro Histórico de João Pessoa

Com mais de 22 mil pessoas, 64 shows e 12 palcos, quarta edição se firma como plataforma de cultura, economia e debate sobre o futuro da cidade, celebrando os 40 anos da Casa Pequeno Davi.

Palco Alumiô, o principal do festival, recebeu atrações como Gabi Hardman, Ferve, Mafiota Pri Cler e as Panteronas, Chico Correa, entre outros. (Foto: Divulgação/Alumiô Parahyba)

A quarta edição do Festival Alumiô, realizada entre os dias 19 e 21 de setembro, encerrou com um balanço expressivo, consolidando-se não apenas como um dos principais eventos do calendário cultural da Paraíba, mas também como um vital agente de transformação para o Centro Histórico de João Pessoa. O festival atraiu um público superior a 22 mil pessoas e gerou um impacto financeiro estimado em R$ 500 mil na economia local. Com uma programação inteiramente gratuita, o evento celebrou os 40 anos da Casa Pequeno Davi e reforçou sua vocação de ser um palco para a diversidade artística e o debate social.

A proposta de um festival construído coletivamente, que foi a grande aposta para 2025, mostrou-se um sucesso. O formato de circuito cultural no sábado, que espalhou a programação por 12 palcos, sendo quatro de rua e oito dentro de casas de shows parceiras, provou a força da cena que pulsa na região central. Para Ramon Suarez, empresário e idealizador do evento, a edição alcançou um novo patamar de identidade.

“O Alumiô, neste ano, deu o primeiro passo em direção ao que queremos consolidar: um festival construído e pensado coletivamente por diversos agentes. O Centro, desde que cheguei a João Pessoa, sempre foi palco das mais diversas manifestações culturais, e todos os anos buscamos refletir essa vocação. Em 2025, conseguimos esboçar de forma mais clara a identidade que almejamos”, avalia Ramon.

Alumiô pulsando a economia – Os números da quarta edição demonstram o crescimento e a complexidade do evento, que ofereceu 53 horas de programação multicultural. O impacto de meio milhão de reais na economia é resultado de uma cadeia produtiva ativada pelo festival. É um reflexo prático de como um evento cultural pode fazer a economia local pulsar. Essa movimentação foi impulsionada pela geração de renda direta na Feira de Economia Criativa, que deu visibilidade a 15 expositores, e pelo fortalecimento do comércio no entorno, que se beneficiou do grande fluxo de pessoas consumindo em bares, restaurantes e lojas.

O evento também gerou oportunidades de trabalho para uma equipe de 100 profissionais, contratou fornecedores da região, e promoveu a valorização da cultura local ao servir como uma vitrine para 64 atrações musicais. Ao dinamizar os espaços públicos, transformando as ruas e casas de show do Centro Histórico em vibrantes pontos de encontro, o Alumiô exemplificou como a cultura é um motor sustentável para o desenvolvimento.

Além do impacto externo, o Alumiô também se destacou como um espaço de formação e desenvolvimento profissional. A complexidade de organizar um evento dessa magnitude proporcionou uma experiência de aprendizado única para a equipe envolvida. A produtora cultural Veruska Souto Maior, que atuou na produção executiva, ressalta o valor da vivência prática.

“Foi uma experiência extremamente enriquecedora tanto na área profissional como no meu desenvolvimento pessoal. Estar nos bastidores de um evento deste porte elevou o meu grau de conhecimento sobre vários setores e me fez enxergar os vários níveis de atenção que um Festival precisa. E isso só a prática ensina. Não existe curso que ensine o tanto de coisa que aprendi no Festival Alumiô”, relata Veruska.

O sucesso de um evento de grande porte depende diretamente de uma estrutura técnica bem executada. No Alumiô, a atenção aos detalhes foi um pilar para garantir uma experiência positiva para todos, desde os artistas e expositores até o público. Jonas Gabarra, produtor responsável pelas estruturas da feira e logística, destaca o bom funcionamento da operação.

“O resultado foi extremamente satisfatório. Os feedbacks dos expositores foram positivos, destacando a eficiência dos pontos de energia, iluminação e a organização. A logística de distribuição de alimentação para os artistas no camarim foi impecável. A avaliação geral é que o festival foi bem organizado e estruturado, com todos os aspectos técnicos funcionando conforme o planejado”, afirma Jonas.

Ao final desta edição, o Festival Alumiô não apenas celebra seus resultados, mas já aponta para o futuro. A intenção é aprofundar ainda mais a colaboração com os agentes que fazem a cultura do Centro Histórico pulsar diariamente. “Ficou evidente que, para que o festival faça ainda mais sentido, é fundamental construí-lo junto a coletivos e associações. Essa é a proposta que levamos para a 5ª edição: um Alumiô cada vez mais plural, colaborativo e enraizado no que pulsa no Centro Histórico”, conclui Ramon Suarez.

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