A Prefeitura de João Pessoa entregou, nesta quarta-feira (3), a reconstrução da Praça de Mãe Iemanjá, localizada no fim da Avenida Cabo Branco, um dos principais cartões-postais da Capital. O prefeito Cícero Lucena destacou a obra como símbolo de valorização cultural, religiosa e turística, em uma solenidade que reuniu lideranças de religiões de matriz africana, secretários municipais e representantes do Governo do Estado.
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O gestor ressaltou que a reforma representa um gesto de respeito à diversidade religiosa e de reparação contra episódios de intolerância registrados no passado. “Este ambiente, projetado para realçar nossas belezas e preservar nossa herança cultural, estará à disposição de todos os que desejam visitar e vivenciar a riqueza de nossa fé. A população é a maior beneficiada por esta iniciativa”, disse.
A imagem de Iemanjá, que já havia sido alvo de vandalismo, agora conta com proteção de vidro.
A obra recebeu R$ 655 mil em investimentos e foi planejada para oferecer mais conforto e segurança aos visitantes. Entre as melhorias estão a construção de muro de arrimo com drenagem, nova base para a imagem, 11 vagas de estacionamento, ciclovia, bancos em concreto, empraçamento, arquibancadas recuperadas, paisagismo, iluminação em LED e acessibilidade plena.
“Fizemos essa obra dialogando com as pessoas, pensando em cada item e buscando oferecer, ao mesmo tempo, bem-estar e resgate cultural e religioso”, afirmou o vice-prefeito Leo Bezerra.
Representatividade
Para Carla Uedler Moreira, coordenadora de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura, a nova praça é fruto da luta das comunidades de terreiro. “Hoje celebramos muito mais do que a inauguração de um espaço físico, mas anos de luta e resistência dos povos de terreiro. É um momento de reparação histórica, valorização da cultura afro-brasileira e o reconhecimento da fé dos povos de terreiro”, destacou.
O líder religioso Elialdo de Iemanjá, vice-presidente da Federação Paraibana de Traduções Afrodescendentes, também comemorou a entrega. “A festa de Iemanjá é o maior símbolo, mas a praça é o segundo maior símbolo. Creio que o povo de Santo se beneficiou, após anos de lutas, sofrimentos e dificuldades. A atual gestão concretizou esta obra, sem apagar a história dos 30 anos da Praça Iemanjá”, afirmou.
