Relator da anistia descarta perdão “amplo e irrestrito” e afirma que não vai individualizar caso Bolsonaro

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), escolhido pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para relatar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, afirmou que não haverá espaço para um perdão “amplo e irrestrito”. Em entrevista ao jornal O Globo, o parlamentar destacou que o texto em construção busca consenso no Congresso e diálogo com o Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Essa coisa de anistia ampla e irrestrita já foi superada. Nós votamos em um acordo o texto do Crivella, que já não é sobre anistia ampla e irrestrita. Nós vamos construir um outro caminho”, disse.

Bolsonaro fora do foco individual

Questionado se o ex-presidente Jair Bolsonaro poderia ser beneficiado, Paulinho foi categórico: não haverá tratamento individualizado. “Não tem como individualizar o relatório. Se Bolsonaro for beneficiado, muito bem e, se não for, também. Não posso fazer muita coisa. Não consigo tentar salvar individualmente. Com certeza, não vou conseguir”, afirmou.

Pontes com STF e Congresso

O relator disse que pretende buscar entendimento com bancadas da Câmara, do Senado e até com ministros do STF, caso surjam tensões em torno da proposta. Já em relação ao governo federal, afirmou que não pretende procurar o Palácio do Planalto de forma proativa, embora não descarte reuniões se forem necessárias para esclarecer pontos do texto.

Planalto resiste à anistia

Ministros do governo, como Rui Costa (Casa Civil), já se posicionaram contrários a qualquer forma de perdão aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Apesar da resistência do Planalto e das pesquisas de opinião que apontam rejeição popular à anistia, Paulinho insiste que o projeto pode contribuir para diminuir divisões políticas.

“Projeto para pacificar o país”

O deputado defende que a anistia seja construída como um instrumento de reconciliação. “É um projeto para pacificar o país e sair dessa polêmica de extrema-direita e extrema-esquerda. Queremos punir realmente quem deve ser punido, mas trabalhar para pacificar o país”, declarou.

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