O ex-senador Cássio Cunha Lima (PSD) afirmou que foi mal interpretado em suas palavras na noite da última terça-feira (19) quando afirmou que poderia retornar à política, caso o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) seja o candidato da oposição ao governo estadual. Um pouco antes da sessão de exibição do curta-metragem “Habeas Pinho” em João Pessoa, o ex-governador falou com a imprensa no local e respondeu uma série de perguntas sobre variados temas, dentre eles Cássio falou sobre política.
Aposentado da política desde que deixou o Senado Federal em janeiro de 2019, o líder da família Cunha Lima é constantemente questionado e instado a retornar para as disputas partidárias, às quais ele rechaça afirmando estar em nova fase de sua vida, mas antes da exibição do filme o herdeiro político de Ronaldo Cunha Lima afirmou que não abandonaria o Pedro em caso de disputa eleitoral. “Já viu algum pai que se preza abandonar um filho?”, questionou Cássio, demonstrando prontidão para marchar ao lado da prole.
Segundo o ex-governador, hoje a política é algo periférico em sua vida, ele confirmou que se mantém atualizado sobre a política paraibana acompanhando os veículos de mídia do estado, mas que não está tão aprofundado nos temas do xadrez político do estado quanto era em seu período ativo como político. “É claro que aqui e acolá me informo de uma coisa ou outra, mas não faço o acompanhamento que eu fazia quando tava no exercício de mandato”, explicou.
Sem candidatura
Após a repercussão de sua fala à imprensa na noite da terça-feira, o ex-senador passou a ser questionado se teria admitido uma possível candidatura em 2026, Cássio voltou a rechaçar o desejo de concorrer a qualquer cargo eletivo que o seja, destacando que sua fala acerca de um possível retorno à política trataria apenas de garantir apoio a Pedro e não mais de ser candidato.
Habeas Pinho
O curta-metragem Habeas Pinho, protagonizado pelo ator e humorista Lucas Veloso, conta a história da famosa petição escrita pelo ex-governador, advogado e poeta Ronaldo Cunha Lima. A peça de direito foi composta em forma de rima após o jurista ser desafiado por um juiz de modo a garantir que o seu cliente, um seresteiro, tivesse o direito de reaver seu violão, que havia sido apreendido pela polícia como prova de crime de desordem.
