A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (2), no bairro de Oitizeiro, em João Pessoa, o quarto suspeito de participação no assassinato dos idosos Nelson e Célia Honorato, ocorrido em Sapé no dia 18 de agosto. A prisão foi realizada durante a operação “Último Ato”, que, segundo os investigadores, marca o encerramento do inquérito iniciado há mais de 40 dias.
O delegado Márcio Pereira explicou que o homem de 50 anos é apontado como responsável direto pela morte de Célia. “Ele é responsável de participar apenas desse último ato do homicídio. Ele realizou o assassinato da dona Célia. Por isso que a participação é a seguinte, ele participou do último ato, não foi imediato”, afirmou. A polícia investiga que o suspeito teria aplicado um “mata-leão” na vítima e chegado a pisar em seu pescoço para confirmar a morte, embora ele negue esse detalhe.
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O delegado relatou que o nome do suspeito não havia surgido nas investigações iniciais. A fuga para João Pessoa aconteceu após a prisão de outros envolvidos. “Ele responde por um crime de violência doméstica e a justiça não estava conseguindo localizá-lo. A partir daí nós colocamos nossa investigação em campo”, declarou Márcio Pereira. A prisão ocorreu sem resistência, após abordagem no imóvel onde ele se escondia com familiares.
De acordo com o depoimento prestado, o investigado teria sido convidado a participar da ação criminosa por Ailton Emanuel, identificado como mentor do crime e preso anteriormente. Ailton teria oferecido cerca de R$ 30 mil para que o acusado colaborasse na execução, mas o suspeito negou ter recebido pagamento.
O caso
O casal de idosos desapareceu em 18 de agosto, quando tentava vender a casa em que morava. Segundo a investigação, Ailton se apresentou como corretor de imóveis para atrair as vítimas. Nelson foi morto dentro da residência, inicialmente golpeado com um martelo por Nicolas Jefferson, de 19 anos, que confessou o crime, e em seguida executado com golpes adicionais por Ailton.
Célia, que estava em uma consulta de saúde, foi morta ao retornar para casa, atraída para os fundos do imóvel sob pretexto de encontrar um possível inquilino. O filho do casal, um jovem autista de 27 anos, foi trancado em um quarto e, dias depois, sofreu tentativa de homicídio, mas sobreviveu.
Os corpos de Nelson e Célia foram encontrados em 9 de setembro em uma área de mata, enrolados em cobertores. Três suspeitos já haviam sido detidos antes, incluindo o falso corretor Ailton, preso na Bahia, e Nicolas, que confessou participação. Com a captura do quarto investigado, a Polícia Civil considera o caso elucidado.