Após protestos, Hugo Motta recua e fala em tirar “pautas tóxicas” da Câmara

Presidente da Câmara afirma que Brasil precisa “olhar pra frente” após semana de forte reação popular

Hugo Motta na Câmara dos Deputados
Foto: Acervo: Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira (22), em São Paulo, que pretende retirar da agenda do parlamento as chamadas “pautas tóxicas”, em referência à PEC da Blindagem e ao projeto de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. A declaração ocorre um dia após manifestações contrárias em várias capitais do país, inclusive em João Pessoa e Campina Grande.

“Talvez a Câmara dos Deputados tenha tido, na semana passada, a semana mais difícil e mais desafiadora. Mas este presidente que vos fala… nós decidimos que vamos tirar essas pautas tóxicas porque ninguém aguenta mais essa discussão. O Brasil tem que olhar pra frente”, disse Motta, ao comentar a repercussão negativa das votações recentes.

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Alvo direto de críticas durante os protestos, o parlamentar destacou que vê na mobilização popular um sinal de vitalidade democrática. “Assim como os atos contra a anistia e os que aconteceram semanas atrás a favor da anistia, demonstram que a nossa democracia segue mais viva do que nunca”, acrescentou.

As propostas foram aprovadas na Câmara com apoio do Centrão e da bancada bolsonarista, mas sofreram forte rejeição de movimentos sociais, sindicatos e partidos de oposição. Nos bastidores, a avaliação é que a pressão popular reduziu de forma significativa as chances de a PEC da Blindagem avançar no Senado.

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