A manifestação do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), reforçou nesta quarta-feira (10) o discurso do núcleo bolsonarista em defesa de uma anistia ampla. O gesto foi interpretado como um incentivo para intensificar pressões no Congresso contra a chamada “anistia light”.
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A proposta alternativa, defendida por setores do Senado, prevê perdão apenas para envolvidos nos atos de 8 de janeiro, sem incluir Bolsonaro. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), próximo ao ministro Alexandre de Moraes, avalia que a medida poderia aliviar tensões e reduzir pedidos de impeachment contra o magistrado.
Dentro do PL, entretanto, a reação foi imediata. O senador Rogério Marinho (PL-RN), citado em articulações sobre a versão restrita da anistia, negou apoio à iniciativa. “Todas as nossas manifestações públicas reforçam a defesa de uma anistia ampla, geral e irrestrita”, declarou.
A família do ex-presidente rejeitou a possibilidade de exclusão de Bolsonaro do projeto. Mensagens obtidas pela Polícia Federal mostram que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) alertou o pai sobre impactos no apoio externo caso avance uma proposta limitada. Segundo ele, a anistia restrita poderia comprometer até mesmo a relação com aliados internacionais, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Eduardo teria reforçado que o grupo deveria escolher entre “ajudar o Brasil, brecar o STF e resgatar a democracia” ou apenas beneficiar os réus do 8 de janeiro.
Escalada contra líderes do Congresso
O aliado de Eduardo Bolsonaro nos EUA, Paulo Figueiredo, afirmou nesta quinta-feira (11) que apenas uma anistia “ampla, geral e irrestrita” é aceitável. Em entrevista ao g1, disse ainda que, se a alternativa mais restrita prevalecer, bolsonaristas vão ampliar pressões para destituir Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
