O coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Noé Estrela, informou em entrevista à Rádio Arapuan na tarde desta segunda-feira (18), que João Pessoa tem oficialmente 102 pontos de alagamentos. “O volume de chuva registrado, até o momento, passa dos 90 mm, isso é muita água. Nós temos alguns pontos, que sempre alaga por a cidade ser antiga, ainda precisa fazer umas correções para evitar essa situação”.

Estrela disse que no bairro do Grotão, oito famílias tiveram que ser realocadas para uma Escola do município. “A água inundou as casas, por conta do Rio que transbordou e levou a queda dos muros, mas estamos dando toda a assistência necessária às famílias. Estamos em constante observação e alerta”, ressaltou.

No entanto, Estrela afirmou que a Defesa Civil tem retirado muito lixo de dentro das galerias onde a situação é mais critica e sempre alaga em períodos chuvosos, como o caso da CBTU e do bairro dos Bancários. “As equipes estão visitando diversas localidades consideradas problemáticas para detectar e prevenir possíveis problemas. Temos algumas áreas tradicionalmente críticas, como nos Bancários e próximo a CBTU, mas não registramos maiores problemas”.

Perguntado sobre se o Parque Solon de Lucena – a Lagoa teria transbordado, ele disse que, “no momento que a equipe foi ao local, tinha um metro e meio ainda para chegar nas bordas. O que há é um empossamento de água na pista de rolamento que fica em volta da Lagoa. Quanto a isso não temos problemas, com a reforma, a Lagoa estabilizou e está no nível esperado”, frisou o coordenador.

A Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) divulgou a tendência climática para o próximo trimestre – Grande parte dos modelos oceânicos e atmosféricos indica tendência de chuvas variando entre normais a abaixo do normal sobre o setor norte do Nordeste brasileiro. Tal quadro já representa uma evolução em comparação a anos anteriores, período de forte estiagem na Paraíba.

Segundo a Agência, é importante destacar que o semiárido nordestino tem como característica a alta variabilidade de índices pluviométricos. A ocorrência das chuvas ficará bastante dependente da formação de fenômenos meteorológicos transitórios – a exemplo dos recentes vórtices ciclônicos – que poderão influenciar na ocorrência das chuvas. Por isso, é de fundamental importância o monitoramento contínuo das condições oceânicas e atmosféricas globais.