O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) anunciou, por meio de uma nota de repúdio divulgada nas redes sociais oficiais da representação estudantil, a convocação de um protesto contra o reajuste no valor da refeição no Restaurante Universitário (RU). A medida, divulgada pela Reitoria, fixou em R$ 17,33 o preço da refeição sem subsídio, dentro do chamado “reequilíbrio fiscal”.
Segundo o DCE, a decisão desconsidera a realidade socioeconômica de parte da comunidade acadêmica e dificulta o acesso universal ao RU, considerado um espaço essencial de permanência estudantil. A entidade afirma que apresentou alternativas à gestão, obtendo como resposta a abertura de novo edital de auxílio parcial e a convocação de estudantes que estavam em lista de espera para uso do restaurante.
Os representantes estudantis classificam as medidas como insuficientes e reforçam que seguirão mobilizados para garantir alimentação a preço acessível dentro da universidade. O movimento prepara um ato em defesa da assistência estudantil, reivindicando que a instituição mantenha o RU como espaço inclusivo.
Confira a nota na íntegra:
O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Paraíba manifesta seu profundo repúdio ao chamado “reequilíbrio fiscal” que elevou o valor da refeição sem subsídio no Restaurante Universitário (RU) para R$ 17,33, conforme anunciado pela Reitoria em suas redes oficiais.
Tal medida é excludente e ignora a realidade socioeconômica de grande parte da comunidade acadêmica. O RU é um instrumento essencial de permanência estudantil, devendo garantir acesso universal e democrático à alimentação de qualidade por um valor acessível a estudantes, trabalhadores e visitantes.
A elevação abrupta do preço penaliza especialmente aqueles que, mesmo sem auxílio, enfrentam dificuldades financeiras para se manter na universidade.
Desde o início das discussões sobre o Restaurante Universitário, o DCE esteve diariamente na PRAPE, apresentando propostas para minimizar os impactos à comunidade acadêmica. Como resultado dessa pressão, a gestão acatou apenas duas solicitações:
* Abertura de um novo edital para auxílio parcial;
* Convocar todos os estudantes que estão nas listas de espera do Restaurante Universitário.
Seguiremos mobilizados, cobrando medidas concretas que assegurem o RU como espaço acessível a todas e todos. A universidade pública deve ser sinônimo de inclusão, não de barreiras econômicas. Estamos organizando um grande ato em defesa dos direitos estudantis e da assistência estudantil.
Estudante não faz ciência com fome!
