Desde o fim-de-semana passada para cá que não há outro assunto mais comentado nas ruas da cidade de Pombal, terra de Celso Furtado, que não seja a decisão do Tribunal de Contas do Estado mandando suspender o asfaltamento do centro da cidade pela Prefeitura. Já havia manifestação contrária ao ato, mas a edilidade resolveu peitar a Lei.

Embora o assunto tente resvalar para o campo da atual disputa política na cidade – algo, na prática, distante da motivação do Tribunal – o fato é que, conforme postagem no endereço eletrônico do TCE, há uma manifestação majoritária contestando a posição do tribunal.

A rigor, a posição do TCE foi motivada por manifestação do Ministério Público de Contas após posição também contrária assumida pelo IPHAEP, portanto, inexiste qualquer motivação política no caso em tela.

Só que a crise é visível na cidade diante das muitas manifestações públicas contrárias às decisões dos organismos públicos, revelando verdadeira revolta popular.

Em síntese, o posicionamento preservacionista de patrimônio público do TCE/PB e IPHAEP se depara com o desejo dos habitantes de seguir apoiando o asfaltamento do centro, sob argumento de que a cidade não pode se esquivar do desenvolvimento urbano. Eis a dura realidade.

Diante do impasse político entre segmentos da sociedade e as instituições, não há como negar que será necessário construir uma solução lógica, mesmo difícil, porque a história e a vida precisam continuar.

O fato é que a crise, ao que parece, tem mais motivação política diante da atual eleição na cidade, mas o CONPEC, do IHPAEP, é um equipamento rigorosamente técnico que nem sempre se manifesta em face de manifestações políticas, como é o caso de agora. Eis a síntese.

Pense num rebu!

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