Em 1972, João Pessoa ganhou mais um dos seus cartões postais. Era inaugurado no dia vinte e um de abril, o monumento que passou a ser conhecido como, o Farol do Cabo Branco. Na verdade, nunca teve a função de servir como orientação de navegação marítima. Foi construído com o propósito de se definir, como o marco de ser o ponto mais oriental das Américas.

Localizado na falésia do Cabo Branco, o projeto é de autoria do arquiteto paraibano Pedro Abraão Dieb. Tem a forma triangular, que procura representar o sisal, um dos mais importantes produtos da nossa história econômica.

Continua sendo um dos pontos de atração turística de nossa cidade, embora com algumas restrições de acesso por automóveis, em razão da erosão que ameaça a barreira em que se encontra o monumento. A administração municipal está em fase de conclusão do projeto que preserva esse nosso patrimônio ambiental.

O Cabo Branco e a Ponta do Seixas são acidentes geográficos que destacam a Paraíba a nível mundial, e, por isso mesmo, tem sido preocupação de todos encontrar soluções que evitem o avanço do mar, o que tem colocado em risco a falésia. Tenho testemunhado o empenho do prefeito Luciano Cartaxo e sua equipe na busca dessa solução, em caráter de urgência.

Do mirante que fica em frente ao monumento, se vislumbra uma paisagem belíssima da nossa orla. Essa posição geográfica singular inspirou o compositor Fuba a produzir a música “A Porta do Sol”, onde fala: “somos a porta do sol/deste país tropical/somos a mata verde, a esperança/somos o Sol do extremo oriental”, sucesso na voz da cantora paraibana Renata Arruda. O Farol do Cabo Branco é, portanto, símbolo do nosso orgulho.

• Integra a série de textos “INVENTÁRIO DO TEMPO II”.