Manhã de quarta-feira de junho de 2022 a selar como data memorial, a “partida” celestial do querido amigo/irmão Gil Sabino com quem tive o privilégio em vida de conviver muitas e extraordinárias histórias permeadas de cultura, arte, política e comunicação, como se fossem nossa vitamina humana de viver.

Estamos de luto com a perda deste cidadão do bem, gente da melhor qualidade sempre respirando arte e cultura para nutrir as velhas e novas gerações, sobretudo, de conhecimentos sobre nossa gente e nossa memória. Gil pulsava arte todo o tempo.

ATÉ ALGUM DIA

Ontem, véspera da triste notícia, estive pessoalmente com Gil Sabino em sua casa ao lado de Mariinha para deixar Juninho, nosso querido afilhado, depois de chegarmos de Suape, em Recife, onde por muitas vezes fomos recebidos com honras. Gil era o frevo vivo de gente ambulante a contaminar os pernambucanos/nordestinos.

Na véspera, conversamos uma boa parte do tempo sobre a necessidade já alinhada com sua filha Leila para que, hoje (quarta-feira) levássemos ele para ser tratado num hospital. Ele tinha consciência de sua fragilidade, como relatou num áudio enviado para Totonho, seu amigo, no Rio de Janeiro.

Foi nosso ADEUS sempre renovando valores fraternos, agora transferidos para seus queridos filhos.

MUITAS HISTÓRIAS

Conheço Gil quando, sarará, usava uma basqueteira e jogava pelo Lins de Vasconcelos. Estava no dia em que numa decisão do time dele com o Pio XII no último lance de arremesso ele levou o Ginásio do Astréa ao delírio ao fazer a cesta e ser campeão.

De lá em diante, ele no Roger, fomos nos encontrar nos Jornais com sua nova condição de divulgador da EMI ODEON e seu enfronhamento no jornalismo e na cultura produzindo shows, artistas e escrevendo sobre artes.

Anos depois se consolidou em Recife como um dos mais bem preparados produtores culturais- lembro da amizade pessoal dele com Gonzaguinha, por exemplo, e muitos artistas, inclusive paraibanos à época liderados pelo Musiclube e Pedro Osmar. Gil produziu show de Chico César, por exemplo nos primeiros passos.

Viajado nos encontramos em São Paulo com a força de Wilson Souto, mas foi num sítio que ele tinha no interior de Pernambuco onde nos reencontramos até ele se decidir por proposta nossa voltar a morar em João Pessoa.

Fizemos muitas histórias juntos no diálogo João Pessoa – Recife – Natal, etc misturando sua capacidade inventiva, o WSCOM, Revista NORDESTE até ele construir nesse balão cultural a AGENDA VIVA, que ele pretendia produzir com a TV Cidade levante artistas às escolas públicas de João Pessoa.

Gente boa, deixou como herança filhos e filhas extraordinários como Leila, Luciene, André, Juninho e Julinha, nossos irmãos de fé e solidariedade.

Um grande abraço, meu irmão querido. Obrigado por tudo.

ÚLTIMA

“Qualquer dia/ a gente se encontra…”