As falas todas, ou seja, as expectativas neo – positivistas quando tratam da Lei Augusto dos Anjos, já sancionada e a ser apresentada solenemente dia 12, geram tamanha onda que, quem não é do meio, fica crente de que agora em diante, enfim, chegamos ao éden paraíso da produção cultural.
Pense num perigo medonho!. É evidente que o atual governo tem intenção de fomentar a ambiência cultural, mas vejo com enorme preocupação imaginar que muita gente está depositando seu futuro nessa Lei.
Pondero que a nova norma não está posta como solução `salomônica´ na condição de norma financeira de resolver a vida de todos, senão posta com comprometimentos diante da produção desamparada, dos projetos convincentes, da cultura popular de raiz e de quem é plural e justificadamente financiável.
Aparentemente é contraditório imaginar o teor seletivo para definir os projetos passíveis de abrigo da nova Lei, mas não há outro caminho senão definir critérios transparentes com gente abalizada em torno da Secretaria de Cultura para selecionar quem terá abrigo a curto, médio e longo prazos.
De uma coisa todos estão convencidos: primeiro, que é preciso garantir e aplicar um montante de recursos respeitável no exercício de 2004, respeitando tanto a interiorização ( viva os pequenos municípios!), quanto a pluralidade dos projetos a serem contemplados nos maiores centros urbanos com grau de cobrança efetiva de prestação de contas.
Embora existam restrições orçamentárias na contramão de um volume enorme de desejos e projetos, muitos deles ambiciosos sem amparo na forma pretendida, mesmo assim é dado ao governo um tempo capaz, dentro dos limites macro, de estabelecer de forma definitiva uma lei real, comprometida com a produção cultural, para mostrar ao mundo que somos uma Potência do tamanho muito maior do que nosso olhar pequeno não enxerga.
E isso tem nome: investimento, mais recursos, mais projetos contemplados e crescimento no nível sempre pretendido.
No mais é puro discurso, antigo como nossa origem.
Justiça cassiana
A existência da Lei Augusto dos Anjos é sinônimo de realização de desejo antigo. Governos anteriores até esboçaram normas de apoio à cultura, embora nenhuma delas tenha alcançado a abrangência no nível do que agora é posto.
Em se efetivando, na prática, como se anuncia, é saldo elevado na conta pública do governador Cássio Cunha Lima do tamanho até então nunca feito.
William, sondado
O empresário José William, atual Secretário da Prefeitura de João Pessoa, foi consultado no decorrer da semana passada para assumir a Secretaria de Infraestrutura do Governo no lugar hoje ocupado pelo Secretário Hypólito Militão.
José William resistiu, resistiu e resistiu.
Comissão do Recesso
A Assembléia Legislativa entra na contagem regressiva para instalar no decorrer da semana a Comissão de Recesso, responsável pelo encaminhamento de matérias normativas.
O presidente da Casa, Rômulo Gouveia, mesmo com agenda particular diferenciada garante que os trabalhos vão ser mantidos através da dita cuja Comissão.
Fundo financeiro
Deve ficar pronto hoje o texto de projeto-de-lei que o Governo Cícero enviará nos próximos dias à Câmara tratando da criação de Fundo de Capital.
Tudo tem a ver com o valor de juros que passa a ser gerido por este Fundo da Prefeitura de João Pessoa oriundo de precatórios depositados por ordem judicial.
A gestão desse montante terá acompanhamento do Tribunal de Justiça, mas o rendimento na ordem de R$ 200 mil/mês ficará com a prefeitura.
Umas & Outras
… O presidente do Folia de Rua, Flávio Eduardo Fuba , revelou preocupação com a inexistência de sinais de patrocinadores para a versão 2004 do evento.
… Somente hoje é que a maioria das agências de propaganda volta ao expediente normal. Desde o Natal, muitas delas deram folga geral aos diversos departamentos.
… Os ingressos para o show antológico de Maria Rita, no Espaço Cultural, já começam a ser vendidos.
… Nenhum dos senadores do PMDB paraibano Maranhão e Ney Suassuna assumirá ministério no Governo Lula. Palavras do próprio Ney.
Última
` A gente não quer só comida…´
