A crise e as acusações de corrupção no Hospital Padre Zé, em João Pessoa, tornaram-se tema de discussão entre os parlamentares nesta terça-feira na Assembleia Legislativa da Paraíba. Na ocasião, o deputado Walber Virgolino foi à tribuna acusar membros do governo do estado com base em ‘denúncias anônimas’ que ligariam secretários à gestão da unidade hospitalar.

Os nomes citados foram dos secretários Pollyana Dutra, cuja mãe, Lídia Dantas, trabalha no hospital, e Tiberio Limeira. Walber chegou a pedir o afastamento dos secretários.

O presidente da casa, Adriano Galdino, defendeu que a instituição seja preservada durante as investigações. Ele pediu cautela e paciência.

“São citações. Qual o crime de se ter um familiar trabalhando no Padre Zé? Daqui a pouco vão querer matar qualquer parente de político, não pode nem trabalhar”, disse.

Já Junior Araújo defendeu o direito à defesa: “As denúncias merecem e serão apuradas, agora lamento, deputado Walber, não posso concordar que aponte o dedo aos secretários que sequer tiveram a oportunidade de apresentar sua defesa.”

Defesa

Tibério Limeira se manifestou e falou sobre as insinuações envolvendo o seu nome, a partir de uma “denúncia anônima irresponsável” feita ao Ministério Público.

“Muito estranho meu nome ter sido associado a este caso, sem qualquer base probatória, a partir de uma denúncia anônima. Como cidadão inserido em um estado democrático de direito, sinto-me indignado com essa acusação injusta. Como gestor público, estou à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários ao Ministério Público do Estado da Paraíba e ao Poder Judiciário”, afirmou.

“Acusar publicamente um cidadão de reputação ilibada, sem apresentar quaisquer evidências concretas é de uma leviandade absurda. Tomarei todas as medidas jurídicas para que os danos à minha imagem pública sejam reparados”, acrescentou.

 Posição do MP

O promotor de Justiça do Ministério Público da Paraíba, Alexandre Jorge do Amaral Nóbrega, declarou que não partiu da Promotoria de Justiça informações divulgadas sobre o caso que apura a denúncia anônima envolvendo o Hospital Padre Zé. “O procedimento é sigiloso, está em processo de investigação, e a Promotoria não emitiu nenhum posicionamento oficial em relação ao que foi denunciado e que ainda se encontra em apreciação”, diz.

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