Política

Após aval da Justiça, Cícero acelera cronograma do Parque da Cidade em João Pessoa; túnel deverá ser entregue em 2027

Prefeitura quer compensar quase um ano de paralisação com novo investimento de R$ 50 milhões e prazo reduzido de entrega


27/05/2025

Portal WSCOM



Após aval do Tribunal de Justiça da Paraíba para a retomada das obras no Parque da Cidade, no bairro do Aeroclube, a Prefeitura de João Pessoa anunciou, nesta terça-feira (27), que vai intensificar o cronograma do projeto. Em reunião com secretários municipais, o prefeito Cícero Lucena (PP) afirmou que o objetivo é acelerar as intervenções, compensando o tempo perdido durante a paralisação.

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A obra, que integra um investimento total de R$ 200 milhões — incluindo R$ 50 milhões adicionais captados recentemente — terá 22 hectares de área verde, com previsão inicial de entrega para 2028. Agora, a gestão municipal projeta antecipar esse prazo.

“Agora avançaremos para as próximas etapas, entre elas o túnel no retorno de Manaíra. Isso nos permitirá, mesmo com o atraso de quase um ano na obra, compensar esse tempo com uma execução mais rápida. Essa obra não é apenas uma construção, mas sim um grande investimento para a cidade de João Pessoa. Afinal, ela vai atrair não apenas os moradores, mas também turistas”, disse o prefeito.

O sistema viário, que inclui a construção de um túnel sob a Avenida Flávio Ribeiro Coutinho, deverá ser concluído entre o fim de 2026 e início de 2027. A Prefeitura já havia entregue a primeira etapa da obra, voltada para a mobilidade urbana, com alargamento de vias e construção de uma rotatória.

O secretário de Infraestrutura, Rubens Falcão, detalhou os equipamentos que serão implantados na área do parque. “Teremos diversos equipamentos: três lagos, pistas de caminhada, teatro de arena, área administrativa, segurança, iluminação — tudo isso cercado por muita vegetação, com flora e fauna nativas. Um parque no verdadeiro sentido da palavra.”

 Meio ambiente e judicialização

O projeto ficou suspenso por quase um ano devido a questionamentos sobre o licenciamento ambiental. A Justiça, no entanto, referendou a legalidade dos estudos apresentados pela Prefeitura, como o Plano de Controle Ambiental e o Relatório de Afugentamento de Fauna, afastando a obrigatoriedade de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Welison Silveira, os trabalhos serão conduzidos com foco na recuperação ecológica da área.

“O mais importante é reforçar que nenhuma obra será executada causando impacto ao meio ambiente ou à fauna presente na área. Pelo contrário: trata-se de um processo de requalificação de um espaço que hoje é degradado — uma área que sofreu com capinação química, depósito de resíduos da construção civil, queimadas e outras formas de deterioração. Com esse projeto, vamos recuperar o ambiente, permitindo que a fauna local retorne, assim como já ocorreu, por exemplo, no Parque Parahyba”, afirmou.

A reunião para acelerar o projeto contou com a participação das secretarias de Infraestrutura (Seinfra), Planejamento (Seplan), Meio Ambiente (Semam) e Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP).



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