A Bolívia realiza neste domingo (17) eleições gerais em um cenário de inflação recorde, a maior em quatro décadas, e sem a presença do ex-presidente Evo Morales, impedido de disputar.
Na corrida presidencial, os principais nomes da oposição conservadora são Samuel Doria Medina, empresário do setor privado, e Jorge “Tuto” Quiroga, ex-presidente do país. Nenhum dos dois, porém, ultrapassa 30% de apoio nas pesquisas. Além disso, cerca de um quarto do eleitorado permanece indeciso.
É a primeira vez em quase 20 anos que o Movimento ao Socialismo (MAS), fundado por Morales, aparece atrás da oposição em pesquisas de intenção de voto. O levantamento mais recente da Ipsos CEISMORI, divulgado em agosto, aponta que os candidatos ligados ao MAS e outras legendas de esquerda somam cerca de 10% das preferências.
Pelas regras eleitorais, para ser eleito no primeiro turno é necessário obter ao menos 40% dos votos válidos, com dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado. Caso contrário, haverá segundo turno em 19 de outubro.
Além da escolha presidencial, os bolivianos elegem 26 senadores e 130 deputados. As urnas abrem às 8h no horário local (9h em Brasília) e fecham às 16h (17h em Brasília). Resultados preliminares devem ser divulgados ainda na noite de domingo, mas a apuração oficial será concluída em até sete dias. Os eleitos tomarão posse em 8 de novembro.