Mais um conjunto de informações exclusivas para conhecimento dos Internautas da WSCOM sobre os bastidores das eleições para Reitor na Universidade Federal da Paraiba, cuja votação em primeiro turno se dará dia 17 de abril, nos diversos Campi. Três professores com titulação de Doutorado – Margareth Diniz, Luiz Junior e Zé Neto são os nomes registrados, embora a Comissão Eleitoral presidida pelo professor Doutor Reinaldo Nobrega tenha dito ao Portal que só poderá apreenta a lista oficial na próxima segunda-feira.

Se você quer saber detalhes sobre a sucessão na UPFB leia a análise do Blog de Walter Santos:

Eleições na UFPB: o cenário deflagrado e o significado conceitual

Vinte e quatro horas depois de registradas as inscrições de Chapa, ainda não foi neste sábado que a Comissão Eleitoral anunciou oficialmente os nomes dos candidatos. Somente na próxima segunda-feira é que o presidente Reinaldo Nóbrega revelará a lista oficial.

Este dado é muito importante porque precisamos tê-lo para saber da candidatura do professor Valdiney Gouveia, do curso de Psicologia. Até o início da tarde de ontem, quando das inscrições, havia rumores de que não se efetivaria.

O quadro se.compõe com clareza apontando maior enfrentamento entre a candidatura de Situação liderada pela professora Margareth Diniz, da área de Saúde, e as de Oposição nas pessoas dos professores Luiz Junior e Zé Neto, ambos do Centro de Educação.

O QUE REPRESENTAM; O PERFIL DE MARGARETH

{arquivo}Margareth Diniz se consolidou anteriormente como principal opositora à gestão Rômulo Polari, da qual Luiz Junior foi Chefe de Gabinete. Ela, como representante da área Imagem de testede Saúde, tem formação política de Centro sem viés ideológico arraigado à Esquerda, como se vê na concorrência, mas com habilidade para atrair apoios dos vários espectros políticos diferentes. Não è à toa que foi buscar nas Ciências Sociais a Vice Reitora, no caso a professora Doutora Bernardina Freire para atrair simpatia e voto do CCSA, CCHLA, CCJ, CCTA, etc ampliando os apoios de que precisa visando a reeleição. Além de manter a Base intacta ampliou o arco de apoios.

No seu mandato conviveu com diversas obras paralisadas iniciadas na gestão anterior, segundo a CGU por problemas na execução. em diversos casos sem alvará e licença ambiental que fizeram-nas parar. A Reitora, contudo, não explorou nem tripudiou a responsabilização como é comum o sucessor fazer do antecessor.

Na prática, enfrentou a mais forte recessão dos últimos tempos, mas sem comprometer a Graduação, Pós – graduação e Extensão.

Seu maior problema, sem dúvidas, foi conviver com a Greve de Fome e Invasão de seu Gabinete e da Reitoria. Problema superado, ela conviverá com o debate sobre conceitos sobre negociação, entretanto, a exploração pós fim da greve intermediado pelo Ministério Público Federal terá efeito relativo porque, a rigor, os grevistas já não votavam nela.

Ela parte na campanha para chegar e ampliar com outras forças estudantis e dos servidores técnicos administrativos. O voto dos servidores do EBSERH consolidado pelo Consuni lhe é favorável porquanto os demais candidatos eram contrários.

Em síntese, os números que ela dispõe devem lhe render comparações e saldo muito além do que quer a Oposição.
Trocando em miúdos, como se diz lá no bairro da Torre, está no páreo com chances reais.

OPOSIÇÃO QUALIFICADA EM BUSCA DE VOTO

{arquivo}O Professor Doutor Luiz Junior é nas diversas leituras conjunturais quem aparece como nome mais dimensionado na condição de Opositor à Reitora, até por ser candidato do saldo de Polari no contexto universitário, embora o outro candidato oposicionista, também Professor Doutor José Neto também tenha credenciais históricas.

Ambos têm formação e vínculo com movimentos progressistas de Esquerda.

Luiz Junior tem sua exposição no contexto público a partir de sua construção ideológica, desde quando chefiou o Gabinete do mandato do então deputado estadual Chico Lopes (PT). Depois enveredou pela academia investindo no conhecimento, através de Mestrado, Doutorado até ser aprovado como professor do CE.

Além de ter sido Chefe de Gabinete de Rômulo Polari também foi Secretário de Educação da Prefeitura de João Pessoa na gestão Luciano Cartaxo e é quem, mesmo no CE, busca transitar em áreas ligadas às Humanas, Letras, Comunicação.

No plano eleitoral, ele não incorporou "in totum" todo legado de votos de Lúcia Guerra, tanto que no seu Centro, o da Educação, convive com Zé Neto candidato, ou seja, um Centro dividido.

Ele foi buscar no Centro de Bananeiras a sua Vice, Professora Terezinha, tentando assim ampliar a condição eleitoral com os Campi do Interior. Será importante saber ainda como ele conviverá com Centros do tamanho da Saúde, Exatas, CT, onde ele não tem militância e isso fragiliza.

Conjunturalmente vivia acompanhando a Greve dos estudantes avaliando que o movimento pudesse ser fator a desgastar muito a Reitora a ponto de fazê-lo crescer e vencer a disputa mas, passada a crise com os esclarecimentos e desfecho, os efeitos danosos não têm tido o tamanho dimensionado.

ZÉ NETO, OUTRA UNIVERSIDADE

{arquivo}A candidatura do líder da chapa UFPB Viva expressa o posicionamento bem definido de um movimento docente já com anos de articulação propondo uma outra forma de foco e ação universitária priorizando o processo Humanista da instituição defendendo novos modos de procedimento da gestão com transparência e mais participação.

Na verdade, conceitualmente o filtro ideológico de Zé Neto e demais professores se alinham com setores ideológicos progressistas, portanto fazem crítica ao modelo de superdimensionamento da Universidade voltada para o Mercado.

Em termos de dimensão eleitoral, mesmo sendo cedo do processo, não é irreal tratar a candidatura de Zé Neto sem apresentar grandes apoios em centros técnicos (CCEN, CT) bem como na Saúde e isto limita a projeção de crescimento de votos.

Por ser do Centro de Educação, ele racha o CE com Luiz Junior ainda precisando conviver com a atuação ascendente da candidatura de Margareth, através de Bernardina Freire, do CCSA, com trânsito nas áreas vizinhas ao CE.

Este é o quadro do processo eleitoral na UFPB na atualidade, sem tirar nem por.

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