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Torres e general do Comando Militar do Planalto se encontraram 48h antes dos atentados de 8 de janeiro

Naquela mesma noite, de 6 de janeiro, Anderson Torres embarcou para os Estados Unidos. Dois dias depois, terroristas bolsonaristas tentaram um golpe de Estado


28/03/2023

Gustavo Henrique Dutra de Menezes (Foto: Reprodução (Exército))

Brasil 247



 

 

Ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, atualmente preso, Anderson Torres se reuniu no dia 6 de janeiro com o general do Exército Gustavo Henrique Dutra de Menezes, então chefe do Comando Militar do Planalto (CMP).

Naquela noite, Torres embarcou para os Estados Unidos. Dois dias depois, terroristas bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em uma tentativa de golpe de Estado que contou com a omissão de autoridades e principalmente das Forças Armadas.

Documento obtido pelo Metrópoles mostra que Torres e Dutra se encontraram às 10h de 6 de janeiro, uma sexta-feira, na sala de reuniões da Secretaria de Segurança Pública do DF. “O encontro não contou com confecção de ata. A reportagem questionou a pasta sobre os temas tratados, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria”, informa o jornal.

Denúncias colhidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF – corroboradas por relatos feitos na Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal – dão conta de que Dutra foi responsável por impedir ações contra os bolsonaristas que estavam acampados em frente ao quartel do Exército em Brasília e que no dia 8 de janeiro tomaram conta da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes.

As acusações são de que o Comando Militar do Planalto protegia os bolsonaristas.



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