Política

PSDB quer que TSE aceite provas da Odebrechtna ação contra Dilma e Temer

JULGAMENTO DE TEMER


06/06/2017



O advogado do PSDB, Eduardo Alckmin, defendeu nesta terça-feira (6) a manutenção das provas entregues por executivos da Odebrecht no processo que investiga a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A retirada das provas foi pedida pelas defesas de Dilma e de Temer e será decidida pelos 7 ministros da Corte antes da decisão sobre as acusações do PSDB no caso.

Na tribuna, Alckmin disse que o próprio TSE já decidiu, na tramitação do processo, que seria possível incluir novos fatos e informações que surgissem ao longo das investigações.

"Houve um amplo debate nessa Corte que inclusive fatos que foram surgindo depois de proposta da ação, porque de fato a investigação foi sendo realizada e os fatos foram vindo à tona que justificaram que o processo prosseguisse", disse o advogado.

Alckmin disse que, no processo, foi formada "extensa prova" de abuso de poder político e econômico na disputa, inclusive com doações não declaradas (caixa 2), conforme disseram os executivos da Odebrecht e o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura.

O advogado também defendeu a possibilidade de o relator, ministro Herman Benjamin, pedir, por iniciativa própria, o depoimento dos delatores no processo. Tal medida também foi questionada pelas defesas de Dilma e Temer nas chamadas "preliminares".

Na sequência da manifestação, Alckmin também chamou a atenção para a gravidade das supostas condutas apuradas no processo.

"Convenhamos que existe uma realidade gravíssima porque a prática do caixa 2, ainda mais nos montantes que foram praticados, revelam impossibilidade de qualquer outro candidato poder fazer face a esse candidato que se beneficia dessa situação", disse.
'Mentiras' na campanha

Também em nome do PSDB, o advogado Flávio Henrique Pereira subiu à tribuna para destacar outras acusações que, na avaliação do partido, desequilibraram a disputa em favor da chapa vencedora, entre as quais "mentiras" ditas na campanha, que apontavam o fim da pobreza no país e gastos supostamente não comprovados com gráficas.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //