Brasil

PLS 383: Entenda por que famosos do setor de esports são contra ao projeto de Lei que pretende regulamentar a prática esportiva eletrônica


20/08/2021

Portal WSCOM

 

Um antigo embate tem sido novamente motivo de discussão e divisão de opiniões. Isso porque times de destaques de esports no Brasil se uniram a favor da não aprovação do projeto de lei PLS 383/2017, que prevê a federalização dos esportes eletrônicos no país. Além de organizações como INTZ, paiN, FURIA, Team One, Fluxo, nomes importantes do ramo também marcaram presença no abaixo assinado, como Nyvi Estephan, Nobru, BrTT, Cerol, Baiano, entre outros, com uma carta aberta direcionada aos deputados do estado de São Paulo contra a aprovação do projeto de lei.

 

A ementa, PLS 383/2017, proposta pelo senador Roberto Rocha (PSDB/MA), tem o intuito de regulamentar a prática esportiva eletrônica. No entanto, o projeto de lei não foi tão bem recebido assim pela comunidade de esports. Fez com que desenvolvedoras de jogos, times de notoriedade, organizações, clubes e torcedores do meio se mobilizassem em carta aberta destinada ao Senado Federal. Nas cartas enviadas à Senadora Leila Barros, por diferentes remetentes envolvidos do meio, expressaram a importância e também necessidade de uma audiência pública, a fim de um olhar mais cauteloso sobre o assunto.

O cenário de esports no Brasil vivencia uma fase ainda inicial, mas com futuro bastante promissor. Há indícios de sobra para acreditar no tamanho do potencial que o setor pode vir a agregar positivamente na sociedade de modo geral. Dados apontam a crescente busca dos adeptos por jogos eletrônicos. De acordo com site Curiosando, o qual aponta uma pesquisa realizada pela Pesquisa Game Brasil (PGB), cresceu de 44% para 55% o percentual de pessoas que passaram a jogar ou a se interessar por jogos digitais entre 2020 e 2021.

 

O aumento constante e progressivo da disseminação de jogos eletrônicos no Brasil revelam que o Brasil não é só uma potência no setor, como também uma vitrine internacional de jogadores de elite. Não é à toa que algumas grandes empresas do país passaram a investir no setor com a intenção de formar times renomados para disputar campeonatos de jogos aclamados pela sua legião de fãs. O Campeonato Brasileiro de League of Legends CBLoL, maior campeonato de LoL no Brasil, atingiu um mais  de 400 mil telespectadores simultâneos na final do torneio que aconteceu em abril deste ano (2021).

 

 

Campeonatos como o de League of Legends, que são sediados em território nacional, fomentam de forma considerável o setor de esports. Já que jogadores, de diferentes plataformas e jogos, buscam cada vez mais especialização para se tornarem destaques em equipes de renomes em esportes eletrônicos. Outro gatilho que desencadeia ser disparado com isto é a criação, cada vez mais, de academias ou então chamados de centro de treinamento, especializados em atender aqueles jogadores que almejam ser um jogador profissional de jogos eletrônicos. Tais eventos, como o de CBLoL, carregam consigo números que quebram recordes de audiência, superando inclusive campeonatos se comparado com torneios internacionais de League of Legends.

 

No Brasil, tamanho sucesso dentre seu vasto número de espectadores, vem se tornando muito comum que “torcedores virtuais”, não só de League of Legends como de outros jogos como Rainbow Six Siege e CS:GO aventurem-se pelo universo dos esports e “elevem o seu torcer” à um outro patamar, apostando.  Na Rivalry, você pode se inteirar sobre todo o universo de esports e realizar sua aposta em League of Legends de forma simples e segura enquanto você curte a transmissão do seu jogo favorito.

 

O respaldo cada vez mais positivo e abrangente do público, dos mais variados campeonatos de jogos eletrônicos pelo Brasil relatam como ponto positivo o quão independente este cenário é. Segundo a visão da comunidade contrária a este projeto de lei, a liberdade de organização que cada jogo possui mostra-se estar na direção correta e  colhendo bons resultados. Tentar padronizar eventos do gênero neste momento, na visão deles, não seria a melhor opção para impulsionar o setor, pelo contrário, já que cada jogo eletrônico carrega regras distintas de acordo com que cada publicadora pré estipula. Ir adiante com a lei PSL 383/2017. Todo o ecossistema que engloba esports, entram em consenso ao alegar que os envolvidos no meio não se sentem representados por quaisquer federações.

 

Diante das divergências de posicionamento que o projeto de lei 383/2017 gerou, e pensando na melhor saída que a pauta exige, assembleias foram feitas a fim de ouvir, debater e entender mais sobre os lados envolvidos.  E no ponto de vista de quem faz o esports acontecer no país, seja ela sendo no âmbito da diretoria, times, desenvolvedores jogadores, torcidas e  aficionados em esports se unem em um único apelo, não ir adiante com o PSL 383/2017. E por isso um abaixo assinado mobilizado por organizadores do cenário, bem como uma enquete realizada no site do senado, a fim de saber a opinião das pessoas a respeito. Até o momento, 43.531 pessoas votaram contra a proposição e 6.530 a favor do projeto de lei.

 

https://wscom.com.br/pls-383-entenda-por-que-famosos-do-setor-de-esports-sao-contra-ao-projeto-de-lei-que-pretende-regulamentar-a-pratica-esportiva-eletronica/



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